A Justiça decidiu manter a prisão de Luiz Antônio Rodrigo da Silva, líder espiritual acusado de abusar sexualmente de 14 mulheres durante sessões religiosas em Cuiabá. Em uma audiência que se estendeu por 11 horas e terminou na madrugada desta quarta-feira (8), na 8ª Vara Criminal de Cuiabá, o suposto médium negou as acusações e tentou “culpar” as vítimas.
Durante a longa sessão, as mulheres que denunciaram o religioso emocionaram-se ao relembrar os abusos, enquanto Luiz Antônio demonstrou frieza, buscando se vitimizar e negando veementemente as acusações.
Atendendo ao pedido da defesa das vítimas e da Defensoria Pública de Mato Grosso, o líder espiritual permanecerá preso até que o juiz decida pela condenação ou absolvição.
Agora, acusação e defesa apresentarão suas últimas considerações à Justiça, incluindo cópias do inquérito policial, provas robustas e depoimentos prestados na audiência.
A advogada Karime Dogan expressou satisfação com a manutenção da prisão, destacando o alívio das vítimas e agradecendo o apoio da mídia, sociedade, políticos e do Judiciário, que conduziu a audiência de forma humanizada, garantindo os direitos de todos os envolvidos.
O caso provocou comoção e revolta, inclusive no meio político. A Secretaria Estadual de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT) e os deputados Valdir Barranco (PT), Janaina Riva (MDB) e Carlos Avallone (PSDB) manifestaram apoio às vítimas.
Fonte: GazetaDigital