A Petrobras enfrentou uma queda abrupta em seu valor de mercado nesta quarta-feira (15), totalizando uma perda de R$ 34 bilhões, após o anúncio da demissão de Jean Paul Prates da presidência da empresa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pessoalmente comunicou a decisão na noite de terça-feira (14), provocando uma reação negativa no mercado financeiro.
O desligamento de Prates ocorre em meio a controvérsias recentes sobre a distribuição de dividendos da companhia, gerando ainda mais incertezas sobre o futuro da estatal.
As ações ordinárias (PETR3), que conferem direito a voto nas decisões da empresa, tiveram uma queda de 6,78%, enquanto as preferenciais (PETR4), que garantem prioridade no recebimento de dividendos, caíram 6,04%.
O episódio marca uma nova fase para a Petrobras, que enfrenta desafios significativos em um contexto de instabilidade política e econômica. A demissão de Prates vem após uma série de desavenças entre o ex-presidente da empresa e o governo federal, seu principal acionista.
Segundo informações do blog da Natuza Nery, a demissão de Prates já estava sendo planejada há algum tempo, especialmente após discordâncias relacionadas à distribuição de dividendos extraordinários pela empresa. A divergência de opiniões sobre esse tema crucial contribuiu para o clima de tensão entre Prates e o Palácio do Planalto.
Em comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira (15), a Petrobras anunciou que seu conselho de administração aprovou o encerramento antecipado do mandato de Prates, que também renunciou ao cargo de membro do conselho. Para assumir interinamente a presidência, foi nomeada a diretora-executiva de assuntos corporativos, Clarice Copetti.
A substituição de Prates por Copetti desperta diferentes interpretações no mercado financeiro. Enquanto alguns analistas expressam preocupações sobre a continuidade e a estabilidade da gestão da Petrobras, outros destacam as habilidades técnicas e a experiência de Copetti como aspectos positivos para a empresa.
Fonte: G1