RS: Governo Planeja ‘Cidades Provisórias’ para Acolher Milhares Após Enchentes

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Valderci Trindade, que perdeu a casa pelo alagamento em Porto Alegre, tenta resgatar objetos 14/04/2024 REUTERS/Diego Vara

O governo do Rio Grande do Sul está desenvolvendo planos para criar pelo menos quatro “cidades provisórias” na região metropolitana de Porto Alegre. Essas estruturas temporárias visam abrigar milhares de pessoas que atualmente estão em locais improvisados, como ginásios de esportes, escolas e igrejas, devido às devastadoras enchentes que atingiram o estado.

Atualmente, cerca de 77 mil pessoas estão vivendo em abrigos improvisados. Contudo, muitos desses locais terão que ser desocupados eventualmente, e nem todas as pessoas terão condições de retornar para suas casas devido aos danos significativos causados pelas inundações, que resultaram em pelo menos 151 mortes.

O vice-governador do Estado, Gabriel Souza, explicou que a ideia é construir estruturas temporárias com dormitórios individuais e áreas comunitárias, incluindo banheiros, cozinhas, lavanderias, e espaços para crianças e animais de estimação. Essas estruturas funcionariam enquanto os desabrigados não encontram uma solução permanente.

Segundo as estimativas do governo estadual, com base em eventos climáticos anteriores que deixaram populações desabrigadas, a maioria das pessoas atualmente em abrigos não precisará dessas estruturas temporárias, deixando cerca de 15% necessitando desses novos locais. No entanto, Souza admite que esse número pode ser maior, dado o alcance das inundações.”

As pessoas ou vão voltando para casa ou vão usufruindo de políticas como aluguel social dos governos, indo para casas de amigos, ou se virando por conta própria ou com a ajuda do governo. Mas haverá um saldo de pessoas que, infelizmente, não têm para onde ir e precisam permanecer nessas condições”, afirmou Souza em entrevista à Reuters.

O governo está procurando áreas seguras, que não estejam em risco de novas inundações, nas cidades com o maior número de desabrigados: Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba. Segundo Souza, já existem espaços previstos nas três primeiras cidades, mas em Guaíba, ainda não foi definido um local devido à dificuldade de encontrar áreas seguras e disponíveis.

Essas quatro cidades abrigam cerca de 51 mil dos 77 mil desabrigados, o que, em uma avaliação otimista, poderia significar quase 8 mil pessoas necessitando desses abrigos temporários.”A situação só ficará clara quando as águas baixarem, pois atualmente ainda não conseguimos acessar muitas áreas densamente povoadas que estão completamente submersas”, explicou o vice-governador.

Além dos desabrigados, as chuvas também deixaram cerca de 540 mil pessoas desalojadas, que tiveram que sair de suas casas, mas não precisaram recorrer a abrigos.

Fonte: IstoÉ

 

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