Incerteza e Esperança: Desalojados Enfrentam as Consequências das Enchentes no RS

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Rafael Adriano Peres, de 35 anos, encontra-se sobre um colchão no maior abrigo de Porto Alegre, lutando para se movimentar após ser atropelado por um carro durante as enchentes no Rio Grande do Sul. Quando recebeu alta hospitalar, sua esposa já havia deixado a casa inundada.

Reunidos novamente, Peres e Mara, de 45 anos, compartilham incertezas sobre o futuro. “A gente não sabe o que vai ser amanhã. A gente tem que começar tudo do zero”, diz ele, cuja vida na zona baixa da cidade foi devastada pelo transbordamento do Lago Guaíba.

Enquanto montanhas de roupas e brinquedos doados cercam cerca de 800 pessoas no abrigo da capital estadual, a esperança de retornar para casa ou o reconhecimento da perda são sentimentos conflitantes. Márcia Beatriz Leal, de 50 anos, alugava uma casa no interior, mas as repetidas enchentes a deixaram desanimada. “Já é a terceira vez”, lamenta ela, que agora busca um lugar mais seguro para recomeçar.

A tragédia desencadeou reflexões sobre o impacto das ações humanas no meio ambiente. “É o ser humano quem está acabando com o nosso planeta. A tendência é só piorar”, diz Peres, enquanto Leal destaca a urgência em enfrentar o desmatamento na Amazônia.

No meio do medo e da incerteza, há resistência e esperança. Habraham Elises Gil, imigrante venezuelano, perdeu tudo, mas encontra força na família para recomeçar. “As crianças nos dão força. A vida continua, enquanto estivermos com vida, tudo tem que continuar”, afirma.

A tragédia no sul do Brasil é uma prova do impacto das mudanças climáticas, alertam os desalojados, ressaltando a importância de ações imediatas para enfrentar esses desafios.

Fonte: IstoÉ

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