Brasil destina 78% do orçamento militar ao pagamento de pessoal; previsão de R$ 77,4 bilhões em 2024
O orçamento militar brasileiro destina 78% dos seus recursos ao pagamento de pessoal da ativa, da reserva e pensões, totalizando R$ 77,4 bilhões em 2024. Este valor é proporcionalmente mais de três vezes superior ao dos Estados Unidos, onde apenas 22% do orçamento militar é destinado a pessoal, segundo a Peter G. Peterson Foundation.
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O peso da folha de pagamento dos militares no Brasil é um tema recorrente nas discussões sobre as contas públicas. A Defesa Nacional justifica esse alto custo pelo grande quantitativo de pessoal necessário para suas funções. No site do Ministério da Defesa, é detalhado que, devido às funções exercidas, é inerente à Defesa ter um grande número de pessoas envolvidas.
Atualmente, o Ministério da Defesa conta com aproximadamente 800 mil pessoas relacionadas. Dados do Portal da Transparência indicam que há 362.574 militares da ativa, 169.793 inativos e 235.416 beneficiários de pensões. Juntos, esses grupos receberão os R$ 77,4 bilhões previstos no orçamento de 2024.
A distribuição desse valor é relativamente equilibrada entre os três grupos: 33,5% para militares da ativa, 32,7% para inativos e 27,7% para pensões. No entanto, a média dos valores mensais recebidos varia significativamente. Militares da ativa recebem, em média, mais de R$ 6.300 por mês, pensionistas cerca de R$ 8.000 mensais e inativos têm o maior valor, com uma média de R$ 13.233 mensais.
O Ministério da Defesa foi questionado sobre a diferença na folha de pagamento entre Brasil e Estados Unidos e sobre a possibilidade de cortes orçamentários. Até o momento, não houve resposta. Atualizaremos este texto caso o Ministério se pronuncie.
Fonte: CNNBrasil