De volta ao Brasil para estreia na Porsche Endurance, Massa fala sobre F1

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    Globo Esporte

    Após duas temporadas representando a equipe Venturi na Fórmula E, Felipe Massa retorna ao Brasil para disputar a Porsche Endurance Series. Aos 39 anos, o ex-Fórmula 1 creditou a mudança à busca por mais competitividade e reconheceu desafios que enfrentará com a modalidade – tendo participado de apenas quatro corridas com carros de turismo ao longo dos 23 anos de sua carreira.

    Vice-campeão mundial da F1 em 2008 pela Ferrari, o piloto também comentou a dura temporada da escuderia no atual campeonato da categoria, onde ocupa a sexta colocação no Mundial de Construtores, e apostou na manutenção da hegemonia de Lewis Hamilton, líder do campeonato.

    O campeonato 2020 da Porsche Endurance Cup começa neste sábado, 19 de setembro, no Autódromo Velo Città em Mogi Guaçu. A corrida será transmitida ao vivo pelo SporTV 3 a partir das 11h (horário de Brasília).

    – Estou empolgado por correr de volta no Brasil. Gosto de competir e continuo procurando categorias diferentes para achar uma que me dê o prazer de correr por muitos anos. É uma experiência nova pra mim, tenho muito o que aprender, mas estou empolgado. É aprender sobre o carro, sobre o pneu, o jeito que se guia, a pista. O carro é sem dúvidas um pouco mais quente, mas acho que a parte física não deve ser um problema. Acredito que eu continuo bem preparado fisicamente – disse Massa.

    Massa vai dividir o Porsche 911 GT3 Cup geração 991-II com Lico Kaesemodel, campeão da categoria em 2018 ao lado de Ricardo Zonta. O campeonato ainda terá outras duas etapas: no Autódromo Internacional Ayrton Senna em Goiânia, no dia 24 de outubro; e Interlagos, em 6 de dezembro. O paulista reconheceu que a pista de abertura, no Autódromo Velo Cittá, será uma grande novidade para ele, mas apostou na experiência adquirida nos treinos, que começam na sexta-feira:

    – A Corrida do Milhão (da Stock Car, em 2018) era em um circuito meio oval, bem diferente daquilo que a gente vai ter nessa corrida. E dei umas duas ou três voltas no Velo Città, mas em outra pista; as curvas 2 e 3, talvez a 4, eram muito diferentes. Vai ser uma experiência praticamente nova pra mim, mas tomara que eu entenda rápido o carro e a pista e esteja competitivo.

    Assim como outros campeonatos à motor no Brasil e no mundo, incuindo a Fórmula E, que chegou a realizar seis provas em nove dias em circuito permanente na capital alemã Berlim, a Porsche Endurance Cup também precisou se adaptar à pandemia do coronavírus, aderindo a medidas como a ausência de público, obrigatoriedade de testes e uso mandatório de máscaras.

    – A pandemia mudou muita coisa no mundo, e no automobilismo, mudou completamente. A gente está tendo corridas onde a preocupação em se proteger é muito grande, e isso é muito triste. Não podemos esquecer que o Brasil acabou perdendo a Fórmula 1, que não vai mais vir em novembro. Algumas categorias estão voltando e isso é bom, mas enquanto não tiver o público de volta às pistas, curtindo e acompanhando, e menos preocupação, acho que nada vai ser normal – lamentou Massa.

    “Ninguém quer ver a Ferrari tendo esses problemas”

    Ao comentar sobre o atual momento da Fórmula 1, Felipe Massa não escondeu o descontentamento com a fase vivenciada pela equipe na qual correu entre 2006 e 2013 e foi vice-campeão em 2008. A escuderia ocupa hoje o sexto posto no campeonato – atrás da Racing Point e Renault -, e optou por substituir o tetracampeão Sebastian Vettel em 2021 pelo espanhol Carlos Sainz, hoje na McLaren.

    – Ver uma equipe tão importante sofrendo dessa maneira é muito triste. Ninguém quer ver a Ferrari tendo esses problemas. O tempo do Vettel acabou passando, tanto que os resultados dele neste ano mostram que a Ferrari talvez tenha tomado a opção correta de não renovar seu contrato. Carlos Sainz é um bom piloto, jovem e que tem muito o que crescer também. Logicamente, eles precisam ter um carro competitivo antes de qualquer coisa, mas torço pelo bem dele e da Ferrari. É uma equipe excepcional, que tenho um carinho muito grande, e sem dúvidas diferente das outras, como se fosse uma religião – disse o piloto.

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