Reuters
O Facebook anunciou na última quinta-feira (24) que desmontou três redes de contas falsas que poderiam ser usadas por serviços de inteligência russos para interferir nas eleições dos Estados Unidos.
A empresa disse que as contas, que foram suspensas por usarem identidades falsas e outros tipos de “comportamentos coordenados não-autênticos”, tinham ligações com organizações russas de inteligência e pessoas associadas com uma organização de São Petersburgo acusada por autoridades norte-americanas de ter trabalhado para influenciar as eleições de 2016.
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia não respondeu a um pedido por comentários após o expediente normal em Moscou.
A Rússia nega acusações de intervenção no processo eleitoral e diz que não interfere na política doméstica de outros países.
O Facebook disse que campanhas similares no passado foram utilizadas para vazar documentos hackeados para influenciar o debate público.
Nathaniel Gleicher, diretor de políticas de cibersegurança do Facebook, disse que não há evidências imediatas de que documentos hackeados seriam vazados, mas que ao suspender as contas, o Facebook espera prevenir que elas sejam usadas em qualquer operação subsequente.
“Nossa equipe observa as ameaças e tendências para as quais precisamos estar prontos, e uma delas para qual estamos muito atentos é uma operação de hackeamento e vazamento dentro das próximas 6 a 8 semanas”, afirmou Gleicher à Reuters.
O Facebook disse que as redes são pequenas e têm apenas algumas contas no Instagram. Algumas delas se passavam por veículos de imprensa independentes e consultorias.
Os conteúdos eram publicados em diferentes idiomas, incluindo inglês, russo, ucraniano e árabe, com mensagens direcionadas a diversos países. As contas tinham um total combinado de 97 mil seguidores.
Na última terça-feira (22) a rede social anunciou que eliminou contas chinesas falsas com conteúdo relacionado às eleições americanas.