Cuiabá é hoje a segunda capital com a menor média diária de novos casos, de acordo com um estudo divulgado pela empresa de ciência de dados de saúde Dataglass. Segundo o levantamento, que levou em consideração o crescimento de casos diários até dia 03 de maio, Cuiabá teve um aumento de 1,4% nos casos por dia nos últimos 7 dias, enquanto a cidade que teve o maior índice teve um crescimento de 11,3% nos casos durante o mesmo período. Ao comparar o número de casos por cem mil habitantes, Cuiabá figura no levantamento, com 23,5 casos.
A proporção de óbitos sobre o total de doentes também está bem abaixo das cidades com maior número de mortes. Cuiabá aparece com 1,4%, enquanto a cidade mais afetada tem uma proporção de 9,7%. Se for levado em conta o número de óbitos por 100 mil habitantes, Cuiabá figura em última posição entre as capitais, com 0,3 mortes a cada 100 mil habitantes.
Outros números que demonstram que Cuiabá está no caminho certo para o combate do coronavírus podem ser verificados nos dados epidemiológicos divulgados semanalmente pela equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o informe divulgado nesta segunda-feira (04), Cuiabá possui 42% dos casos confirmados do vírus do Estado, uma queda de 20% comparado ao último dia 04 de abril, onde a capital concentrava 62% dos casos da doença em Mato Grosso. Segundo a gerente da Vigilância Epidemiológica, Flávia Guimarães, o isolamento social foi um dos fatores que ajudou nessa diminuição da prevalência da doença na capital.
Estudo foi divulgado pela empresa de ciência de dados de saúde Dataglass
Para o prefeito Emanuel Pinheiro, esses números são um motivo de orgulho para os cuiabanos. “Apesar de ver toda a tragédia que tem acontecido em muitos estados brasileiros, não posso deixar de me sentir feliz por não estarmos vivendo uma situação caótica em Cuiabá. Mas, se estamos em uma posição privilegiada em relação a outras cidades, é porque trabalhamos muito duro para isso. Como gestor desta capital, precisei tomar medidas drásticas, como o decreto do isolamento social, fechamento do comércio, suspensão das aulas, diminuição do transporte público, higienização com produtos especiais em locais públicos, entre várias outras ações. Muitas pessoas desaprovaram essas medidas, acharam que eram precipitadas, mas o tempo mostrou que estávamos certos. Graças às atitudes que tomamos com antecedência, o número de infectados pelo novo coronavírus não está aumentando de maneira rápida e desenfreada. As duas primeiras semanas de isolamento estão refletindo principalmente no resultado de agora, que mostram que temos surgindo, mas que estão bem abaixo do que seria se não tivéssemos feito nada. Isso mostra que estamos no caminho certo no combate ao coronavírus”, comemorou Pinheiro