O vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos), propôs um projeto de lei para detectar a displasia do desenvolvimento dos quadris em todos os recém-nascidos nos berçários das maternidades públicas e privadas na Capital.
Popularmente, o exame é conhecido como ‘teste do quadril’, que precisa ser realizado após as primeiras 24h de vida, antes da alta hospitalar.
A displasia do desenvolvimento do quadril conhecida por luxação congênita do quadril, consiste num espectro de anormalidades que afeta o quadril infantil, incluindo uma forma acetabular anormal (displasia), associada ou não a um deslocamento parcial (subluxação) ou completo (luxação) da cabeça femoral.
A displasia é multifatorial. Fragilidade anormal dos ligamentos e da cápsula articular está presente em pacientes e famílias com displasia de quadril. Efeitos hormonais maternos podem também ser um fator, além de fatores mecânicos.
Aproximadamente um em cada 1.000 recém-nascidos poderá nascer com o quadril luxado e cerca de 10 em 1.000 com quadril subluxado (instável).
Em nosso meio, podemos esperar a incidência de cinco por 1.000 quanto à positividade do sinal de ortolani, que é o sinal clínico precoce de detecção da afecção.
Com a nova normativa, o exame de quadril do recém-nascido deverá ser rotineiro e enfatizado nos berçários. Nos recém-nascidos e nos bebês o diagnóstico da DDQ é eminentemente clínico e realizado com as manobras de Ortalini (detecta o deslizamento posterior do quadril para dentro do acetábulo) e de Barlow (detecta deslizamento do quadril para fora do acetábulo. Cada coxa é examinada em separado).