Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Mauro Mendes demonstrou
indiferença em relação ao fato de três parlamentares do União Brasil terem aceitado convite para comandar ministérios no governo do presidente Lula (PT). Aproximação gerou divisão na sigla, que deve manter postura independente no Congresso, mas para Mauro, tal questão não lhe interessa muito.
“União Brasil resolveu estar dentro, ótimo, é uma decisão dos parlamentares. Não tenho nada contra nem a favor”, afirmou. Nos ministérios, foram anunciados Daniela de Souza Carneiro (“Daniela do Waguinho”) para o Turismo e Juscelino Filho para as Comunicações. Já Waldez Goés, que é do PDT, foi indicado pelo União Brasil, segundo Lula, e comandará a pasta de Integração Nacional.
As indicações, no entanto, não foram feitas pela cúpula do partido, mas pelo senador Davi
Alcolumbre (AP). Integrantes do União sinalizam que a legenda não será base de Lula no
Congresso. Parte do partido se rebelou, por exemplo, pelo veto do PT para que o líder da sigla na Câmara, Elmar Nascimento (BA), assumisse uma pasta. Além disso, líderes afirmam ainda que há muitos setores contrários à adesão formal, entre eles o senador eleito Sergio Moro (PR).
“Duas vezes presidente, eleito pela terceira vez, algo surreal na história brasileira; então tem que ser respeitado isso, independente de algumas circunstâncias do momento histórico que estamos vivendo. Ele fez uma opção por montar um governo muito amplo, com 37 ministérios. É uma forma de pensar diferente da minha, quando entrei, enxuguei o governo diminuindo secretarias e estou mantendo isso da mesma forma no segundo mandato”, pontuou.
Olhar Direto – Airton Marques / Do Local – Max Aguiar