A segunda fase da Operação Hypnos, que prendeu nesta quarta-feira (8) Eduardo Pereira Vasconcelos, diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), também teve outros alvos.
O ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues já havia sido preso, em 9 de fevereiro passado.
Outros acusados de formarem uma organização criminosa para assaltar os cofres da Saúde de Cuiabá sofreram medidas cautelares.
Segundo as investigações da Polícia Civil eles desviaram R$ 3,2 milhões em compras fraudadas de medicamentos, durante a pandemia da Covid-19.
Veja os alvos:
PRESOS:
Célio Rodrigues da Silva e Eduardo Pereira Vasconcelos
Ambos são apontados como diretores responsáveis por autorizar os pagamentos das supostas aquisições diretas de medicamentos junto à Remocenter.
Eles possuíam o poder de comando e ordenavam as despesas da Saúde e autorizaram pagamentos indevidos e em valores superfaturados.
FORAGIDO:
Maurício Miranda de Mello
Teve a prisão preventiva decretada, mas ainda está sendo procurado pela Polícia Civil.
Ele é o administrador e proprietário da empresa Remocenter, responsável pelas vendas fraudulentas de medicamentos à gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
SERVIDORES SUSPENSOS:
Raquell Proença Arantes, Jussinane Beatriz Perotto e João Victor Silva
Os três são servidores do Setor de Farmácia (Central de Abastecimento de Farmácia), responsáveis por inserir dados falsos no “Sistema TI Med” e atestar fisicamente o recebimento de medicamentos da empresa Remocenter.
Eles atuaram em casos cuja comprovação da entrada dos medicamentos no estoque era inexistente, e em casos em que as notas fiscais foram registradas com desconhecimento da operação pelo destinatário.
Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva
Ocupava a função de Administradora de Planejamento e Finanças da Empresa Cuiabana e foi afastada na primeira fase da Operação Hypnos, no início de fevereiro.
Ela é apontada como quem extraviou e ocultou o processo administrativo referente à contratação direta e pagamento à Remocenter.
BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR:
Mônica Cristina Miranda dos Santos, Gilmar Furtunato, João Bosco da Silva:
Eles figuraram, formalmente, como sócios-administradores no quadro societário da Remocenter. No entanto, foram descritos como sendo “laranjas”, e agiam com o objetivo de viabilizar as atividades ilícitas desenvolvidas pelo real administrador, em conluio com a Empresa Cuiabana de Saúde Pública.
MEDIDAS CAUTELARES:
João Batista de Deus Júnior:
Ele é cunhado do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, e fiscal de contratos. Foi quem assinou notas fiscais atestando a entrega de medicamentos que nunca foram entregues.
Além dele, Mônica Cristina, João Bosco da Silva, Gilmar Fortunato, Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva, Raquell Proença Arantes, Jossiane Beatriz Perotto e João Victor Silva, também foram alvos das medidas cautelares impostas pela Justiça.
Midia News