O chaveiro P.F.M.S.P. foi um dos presos na manhã desta terça-feira (04), na segunda fase da Operação Kuron, deflagrada pela Polícia Civil contra um grupo envolvido em furtos de caminhonetes Hilux em Cuiabá e Várzea Grande. O chaveiro é investigado por fornecer um equipamento que clonava as chaves dos veículos em 2 minutos.
Conforme o delegado Edson Arthur Teixeira Peixoto, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), as investigações chegaram até no chaveiro após os policiais verificarem diversas transações financeiras entre ele e o principal alvo da operação.
Durante as investigações, foi constatado que o investigado fornecia os equipamentos utilizados pelos membros do grupo criminoso para furtarem as caminhonetes. O aparelho é avaliado entre R$ 20 e R$ 40 mil.
Ele é dono de uma empresa especializada em chave codificada automotiva em Cuiabá e prestava serviços para diversas concessionárias de Cuiabá, sendo que a especialidade dele é em serviços com caminhonetes Hilux e SW4.
Com o preso foram encontradas 14 chaves “virgens”, que não estão conectadas digitalmente a nenhum veículo. Cada uma delas custa cerca de R$ 1 mil. Além disso, também foram apreendidos dois aparelhos usados para “clonar” as chaves dos veículos, mesmo aparelho usado pelos criminosos. Eles custam entre R$ 20 e R$ 40 mil.
As caminhonetes Hilux saem de fábrica com duas chaves, sendo uma original e a outra reserva. Com o aparelho, os criminosos, em menos de dois minutos, conseguiam “invadir” a placa central do veículo e adicionar uma terceira chave, com a qual eles acionavam a ignição.
“Ele copia a frequência que a chave original usa para o veículo. Algumas caminhonetes roubadas foram apreendidas com essa chave. Então esse aparelho nada mais é que um emulador. Ele se conecta na central da caminhonete e através dele, consegue cadastrar como se fosse uma chave reserva a mais na placa central da caminhonete”, disse.
Segundo o delegado, o modus operandi do grupo criminoso era o mesmo: os veículos eram abordados na rua, de forma aleatória, em bairros onde os moradores tem maior poder aquisitivo, onde há maior incidência desse tipo de crime.
Repórter MT