Empresária é feita refém e forçada a transferir R$ 9 mil para criminosos em Várzea Grande

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Uma empresária foi feita refém e forçada a transferir R$ 9 mil de suas contas bancárias para membros de uma organização criminosa voltada para roubo mediante extorsão, que atua na região da Grande Cuiabá, na tarde desta terça-feira (2). Um dos bandidos, identificado como Gustavo Henrique Marcos de Moraes, foi preso pela polícia, outros três estão foragidos.

Segundo informações apuradas, a Polícia Militar conseguiu prender um dos criminosos que ficaram responsável por receber os valores subtraídos das contas bancárias da vítima. Ele disse que sua função no grupo era assegurar que o dinheiro roubado fosse parar com os criminosos antes que houvesse o bloqueio do banco. Ele alegou receber uma renda de R$ 4 mil pela função.

A empresária foi sequestrada quando dirigia seu carro, uma Fiat Toro vermelho, pelo bairro São Simão, em Várzea Grande, por volta das 13h30.

No momento em que ela reduziu a velocidade do carro para desviar de um buraco, ela foi fechada por um Corolla prata com três suspeitos. Dois dele desceram do carro. Um deles estava armado.

Os suspeitos bateram no vidro e ordenaram que ela destravasse a porta sob a ameaça de disparar contra ela. Ela obedeceu e, logo em seguida, foi arrancada do assento do motorista e colocada no banco traseiro. Foi sob a arma de fogo que a empresária foi forçada a desbloquear o celular e acessar as suas contas bancárias.

No total, os criminosos transferiram R$ 9 mil via Pix de duas contas bancárias. A empresária relata que os suspeitos a mantiveram refém por cerca de duas horas. Durante o período em que estava presa pelos bandidos, ela foi ameaçada de morte, principalmente quando o banco recusava as transferências – o que deixava os suspeitos mais violentos.

Ao fim do período do sequestro, os suspeitos a tiraram do Fiat Toro, colocaram no Corolla e a levaram para uma região de mata no Chapéu do Sol. Os suspeitos a deixaram no matagal, após receberem a confirmação de que todo o dinheiro roubado estava com eles. Eles também ameaçaram a empresária de morte, caso procurasse a polícia.

Prisão de suspeito

Após ser abandonada no matagal, a mulher foi ajudada por um homem que passava pelo local e chamou a Polícia Militar. Pela forma do roubo mediante extorsão, os policiais desconfiaram de alguns suspeitos conhecidos por eles e apresentaram fotos deles a vítima. Ela reconheceu dois dos três criminosos.

Os policiais militares conseguiram localizar o comparsa, que recebeu os valores das contas bancárias da vítima, por meio das transferências realizadas para ele. O criminoso, identificado como Gustavo Henrique Marques de Moraes, confessou integrar a organização criminosa e explicou que sua função é dar suporte logístico para receber os valores roubados via transferência. Ele contou que não apenas disponibiliza a sua própria conta bancária, mas também recruta de terceiros pagando R$ 300.

O suspeito explicou também que sua função no roubo da vítima era monitorar, em tempo real, o andamento do roubo mediante extorsão. Ele mantinha contato com os comparsas, pois precisavam monitorar o depósito dos valores roubados. Contou que, assim que os valores eram subtraídos da conta da vítima, era necessário fazer a transferência para outras contas ou mesmo sacar as quantias para evitar o bloqueio por parte do banco.

Os policiais apreenderam três aparelhos celulares usados pelo suspeito para controlar em tempo real as transferências realizadas mediante extorsão. Os outros suspeitos não foram localizados. O criminoso recebeu voz de prisão e foi levado para a delegacia.

O caso segue sob investigação na Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande.

Midia Jur

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