Ex-bombeiro preso no 8 de janeiro passa por avaliação mental após alegar autismo

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Os bolsonaristas que invadiram a Praça dos Três Poderes também invadiram a sede do STF (Supremo Tribunal Federal). Mais cedo, os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também invadiram a sede do Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. A maioria veste roupas verde e amarelo e entoa palavras de ordem, como trecho da Constituição de que “todo o poder emana do povo”. O grupo é contrário à posse Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, realizada em 1º de janeiro de 2023. Sergio Lima/Poder360 08jan2023

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-brigadista temporário do Corpo de Bombeiros Jean Brito da Silva, preso nos atos de destruição às sedes dos Três Poderes da República de 8 de janeiro, passe por uma avaliação física e mental em até 48 horas. Ele está preso em Brasília há mais de seis meses.

Conforme publicado, a defesa de Jean apresentou documentos junto ao STF, como laudos e avaliações médicas, apontando que o ex-bombeiro tem Síndrome do Espectro Autista e de Deficiência Intelectual Moderada.

A defesa argumenta que, mesmo que Jean tenha participado dos atos de 8 de janeiro, ele teria que ser reconhecido como inimputável em razão da sua condição mental.

O ministro determinou que, antes de declarar que ele seja inimputável, Jean passasse por exames e avaliação do quadro físico e mental.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Jean por associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e dano qualificado, além do crime de deterioração de patrimônio tombado pela União. O STF recebeu a denúncia e tornou o morador de Juara réu por esses crimes.

Jean de Brito da Silva estaria, segundo a defesa, no gramado do Congresso tentando ajudar senhoras feridas no momento em que bombas de efeito moral foram jogadas para dispersar a multidão de bolsonaristas que tentava invadir as sedes do Congresso, do STF e da Presidência da República.

“O denunciado foi preso no gramado em frente ao congresso nacional, uma vez que: em sua cabeça, por ter feito um curso de bombeiro civil, se sente um bombeiro e no momento em que foi preso, ajudava senhoras idosas que estavam feridas”, apontam os advogados.

Caso seja declarado inimputável, Jean não pode ser condenado criminalmente, nem cumprir pena em unidades prisionais. O Código Penal prevê a inimputabilidade de pessoas com transtornos mentais, já que elas não têm capacidade de discernir que estão cometendo um crime.

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