A administração do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), tem atingido marcos notáveis de operações policiais sob investigações de suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Com a recente operação realizada em 17 de julho, a gestão de Pinheiro, que se estende por seis anos e meio, acumula agora um total de 17 operações policiais – 13 conduzidas pela Polícia Civil e 4 pela Polícia Federal.
As operações têm como foco principal a Secretaria Municipal de Saúde, que hoje está sob intervenção do Governo do Estado. Treze dessas operações foram realizadas somente nesta pasta, marcando a maioria dos casos de investigação. Vários secretários e ex-secretários do Palácio Alencastro já foram presos e alvos de buscas e apreensões durante este período.
As investigações tiveram início no segundo ano do primeiro mandato de Pinheiro, em 2018, quando fraudes na saúde foram apuradas. Na época, o secretário municipal de saúde foi preso e afastado do cargo. Diversas suspeitas de desvios de dinheiro público surgiram, como na compra de medicamentos para a Covid-19 e em licitações direcionadas.
Com este histórico, o prefeito Emanuel Pinheiro carrega no currículo o título de gestor com mais operações policiais em exercício de mandato na atualidade, tendo sido até mesmo afastado do cargo em um momento. As recorrentes operações demonstram um padrão de suspeita de corrupção que tem sido uma marca constante de sua gestão.
Confira as operações policiais contra a gestão de Emanuel Pinheiro:
Operação | Motivo | ANDAMENTO DO CASO |
(Polícia Judiciária Civil) |
Fraudes suposta em licitação na saúde, tendo como alvos o então secretário da pasta Huark Douglas, o então adjunto Flávio Taques, além de médicos e empresários.
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Envolvidos foram alvos
de busca e apreensão e depois denunciados |
(Polícia Judiciária Civil) |
Esquema para atrapalhar as investigações sobre as fraudes na saúde. Os alvos foram os ex-secretário Huark Douglas, o ex-adjunto Flávio Taques e os médicos Luciano
Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer |
Parte dos envolvidos
foram condenados pela justiça federal com 3 anos e 8 meses de prisão, em regime aberto |
(Polícia Judiciária Civil) |
Esquema de corrupção para supostamente desviar dinheiro da Secretaria Municipal de Educação. Foram apontados como envolvidos os ex-secretários Alex Passos e Rafael Cotrin | A investigação foi trancada. |
(Polícia Judiciária Civil) |
Esquema de corrupção para supostamente desviar dinheiro da Secretaria Municipal de Educação. Nessa fase o alvo da operação foi o então procurador do município Marcos Brito | A investigação foi trancada. |
(Polícia Judiciária Civil) |
Investiga desvio de dinheiro na compara de remédios para a Covid-19 em Cuiabá. Um dos alvos foi o então secretário de saúde de Cuiabá Luiz Pôssas. | A investigação continua em andamento |
(Polícia Judiciária Civil) |
Investiga suposto desvio de
dinheiro em fraude na compra de Semáforos Inteligentes para Cuiabá, o alvo da operação foi o então secretário de Mobilidade Antenor Figueiredo. |
O processo está em tramitação na justiça |
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Investiga desvio de dinheiro na compara de remédios para a Covid-19 em Cuiabá. Nessa segunda fase foram alvos além do ex-secretário Antônio Pôssas, o ex-adjunto João Henrique Paiva (Gestão), Milton Correa da Costa
Neto (planejamento e R$ 2,1 milhões Operações), Luiz Gustavo Raboni (assistência em saúde) – ex-servidora Helen Cristina da Silva (cotação de preços) – V.P. Medicamentos, Inovamed e mt Pharmacy |
Investigação continua em andamento |
(Polícia Federal) |
Esquema de desvio de dinheiro na Saúde de Cuiabá apontado pela PF no valor de R$ 100 milhões. Um dos alvos foi o então secretário Célio Rodrigues, além de outras 20 pessoas e empresas. | Ação tramita em segredo de justiça |
(Polícia Federal) |
Operação que também investigou esquema de desvio de dinheiro na Saúde de Cuiabá, apontado pela PF , no valor de R$ 1,9 milhão. Entre os alvos estavam
ex-secretário de saúde, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho – ex-secretário adjunto, João Henrique Paiva – ex-diretor do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (cdmic). Elisandro Nascimento – ex-secretária de Planejamento e Finanças, Juliana Rocha – outros dois servidores e três empresas |
Ação tramita em segredo de justiça |
(Polícia Federal) |
Esquema de desvio na saúde via contratação de leitos para Covid-19, apontado pela PF. Nesse suposto esquema, o ex-secretário Célio Rodrigues foi preso e afastado do cargo. | Processo tramita em sigilo |
(Polícia Judiciária Civil) |
Investigou suposto esquema de contratação irregulares na Saúde de Cuiabá, com suspeita de desvio de R$ 16 milhões. Nessa operação foram alvos o prefeito, a primeira-dama e servidores. Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo. | Processo tramita no Tribunal de Justiça |
(Polícia Judiciária Civil) |
Organização criminosa
montada para praticar crimes de calúnia e difamação contra adversários do prefeito Emanuel Pinheiro. Foram alvos o empresário e irmão do prefeito, Marco Polo (Popó), o jornalista Alexandre Aprá, os ex-servidores Willian Moraes e Luiz Augusto Vieira. |
Os envolvidos já foram indiciados |
(Polícia Judiciária Civil) |
Esquema de
contratação de médicos fantasmas na Secretaria de Saúde de Cuiabá. Foram cumpridos mandados contra servidores da pasta. |
Investigação em andamento |
(Polícia Judiciária Civil) |
Esquema de desvio de dinheiro nas Secretarias de Saúde e de Gestão, segundo a PJC. Entre os alvos a ex-secretária de Saúde Ozenira Félix, o ex-procurador Marcus Britto e a ex-secretária Adjunta de Atenção Básica, Miriam Pinheiro | Foram bloqueadas as contas dos suspeitos e a investigação está em andamento |
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Continuidade da operação em que se apurou um suposto desvio de R$ 7 milhões na Empresa Cuiabá de Saúde e na Secretaria Municipal de Saúde | Processo tramita em sigilo |
(Polícia Judiciária Civil) |
Esquema na compra de medicamentos que não deram entrada na Saúde de Cuiabá. Entre os envolvidos estava o ex-secretários Célio Rodrigues e a empresa Remocenter Serviços Médicos. | Investigação está em andamento |
(Polícia Judiciária Civil) |
Investiga fraude no pagamento por atendimento de pacientes junto a empresa LG Med Serviços e Diagnósticos. A operação que foi desencadeada hoje prendeu o ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, o médico Luiz Gustavo Raboni Palma, que seria dono da empresa investigada. Além disso outros quatro ex-servidores tiveram mandados de supressão da atividade pública cumpridos. | Investigação está em andamento |