A juíza da 4ª Vara Cível de Cuiabá, Vandymara Paiva Zanolo, negou um recurso de Carina Maggi Martins, irmã do ex-governador Blairo Maggi, que tenta reconhecimento na Justiça dos mesmos direitos que os outros irmãos possuem na herança de André Maggi.
O patriarca teve a filha fora do casamento, que acusa os outros membros da família de uma “fraude” num acordo para que ela não fosse considerada herdeira da fortuna do clã, estimada em R$ 35 bilhões. A decisão da juíza é do último dia 18 de maio.
No recurso, Carina Maggi reclama que uma decisão anterior do processo, que negou o seu pedido de acesso a documentos e ao imposto de renda da família Maggi, não foi clara.
“A embargante alega que a sentença que julgou extinta a ação de produção antecipada de provas é obscura, na medida em que ela não poderia analisar o mérito da futura demanda. Também afirma que a extinção da ação foi omissa, já que os requeridos/interessados não foram citados e somente uma das correqueridas compareceu espontaneamente no processo”, diz trecho do recurso.
No passado, os “filhos oficiais” de André Maggi pagaram R$ 1,9 milhão à irmã para excluí-la da condição de herdeira do clã.
“Aparentemente a embargante pretende munir-se de diversos documentos dos requeridos, seus familiares e empresas etc., para propositura de nova ação ou para forçar um novo acordo entre as partes. Ainda, ante a natureza dos documentos solicitados, sigilosos, inclusive, a autora pretende exercer verdadeira fiscalização e devassa sobre a atividade empresarial dos requeridos, tudo sob o argumento de que foi enganada pelos demais herdeiros quanto ao real patrimônio do seu falecido genitor”, analisou a juíza.
A decisão admite recurso.
Midia News