O palestrante Benedito Costa, de 37 anos, registrou um boletim de ocorrência contra a mãe de uma aluna da escola da filha, o Colégio particular Coração de Jesus, por injúria, difamação e ameaça, na tarde de terça-feira (4), em Cuiabá.
Ele alegou ainda ter sido agredido e ofendido em frente a dezenas de pais e alunos da escola. A coordenação, segundo o palestrante, não tomou nenhuma medida a respeito do ocorrido.
Conforme o relato, Benedito levou a filha para a escola na manhã daquele dia e lá estava a psicóloga, mãe de uma colega da criança. As duas são alunas do 2º Ano no período matutino.
“A filha dela caçou briga com outra criança e a minha filha estava junto e na hora que a menina foi revidar foi a minha filha que tomou o tapa. A minha filha não estava envolvida diretamente com as provocações”, disse.
Na última segunda-feira (3), depois do ocorrido, Benedito teria feito contato com a psicóloga para averiguar se ela estava a par da situação. A mulher teria sido solicita e dito que iria à escola e tomaria conhecimento do caso.
“O grupo de pais estava inflamado com outras situações que permeavam o nome da filha dela. Eu não falei disso, falei apenas do caso da minha filha”, afirmou o palestrante.
Na manhã de terça-feira (4) é que o embate aconteceu. Segundo Benedito, a mulher já foi em direção a ele sendo “extremamente grossa”, após ter conversado com a professora da turma. “Me insultando, dizendo que não tinha nenhuma reclamação com a filha dela. Ela falou tanto palavrão que eu não gosto nem de repetir”, disse.
“Ela disse que o mundo quer pegar a filha dela como um bode expiatório. Que a filha dela não era santa, mas era bem educada. Mas não é isso que a gente vê no grupo de pais. É todo mundo reclamando sempre da mesma criança e a escola não tinha tomado nenhuma providência”.
No momento em que o palestrante se virou, a mulher teria agarrado ele pela roupa. “Eu tirei o braço dela e ela pulou em cima de mim para me derrubar. Outra mãe veio e entrou no meio da briga para apartar”.
Apesar das agressões Benedito disse não ter se ferido e ter ficado apenas com a costura da blusa toda esgarçada. “Foi tão forte que a costura toda meio que arrebentou”.
Benedito propôs que a discussão fosse levada à direção. “Do restaurante [onde a vítima parou] até a diretoria, dá uns 400 metros, ela foi me xingando em voz alta. Atravessamos a escola com essa mulher me xingando”.
De acordo com a versão de Benedito, a mulher continuou xingando-o na sala da direção. “O diretor não fez nada, nem a conteve, ele só ouviu ela gritando. Nenhum funcionário apartou, ninguém fez nada”.
Naquele mesmo dia Benedito registrou um boletim de ocorrência sobre o caso e depois representou criminalmente.
“Eu fiquei muito nervoso, fiquei até sem condições de dirigir”.
A reportagem procurou o Colégio Coração de Jesus, mas as ligações não foram atendidas.
Midia News