Polícia diz que empresa alvo de operação em Cuiabá é “fantasma”

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A Polícia Civil concluiu durante as investigações da Operação Hypnos,  deflagrada nesta quinta-feira (9), que a empresa Remocenter Remoções e Serviços Médicos é “fantasma”.

 

Os elementos apontados neste tópico são suficientes para concluir que a empresa Remocenter se trata de uma “empresa fantasma”

A Remocenter é investigada por um suposto desvio de R$ 1 milhão da Saúde de Cuiabá, por meio de uma compra fictícia do medicamento Midazolan.

O ex-secretário municipal de Saúde e ex-diretor da ECSP, Célio Rodrigues da Silva, foi preso.

Conforme o Núcleo de Inteligência da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, a Remocenter está cadastrada na Junta Comercial com endereço na Avenida Miguel Sutil, esquina com a Rua da Lapa, número 606, no Bairro da Lixeira, na Capital.

Os investigadores constataram, no entanto, que outras duas empresas – a JBS Serviços Médicos e a G.N.A. Soluções Imobiliárias – também estão cadastradas no mesmo endereço.

 

“Conforme verificação in loco, constatou-se que, quem realmente está exercendo suas atividades na Avenida Miguel Sutil, esquina com a Rua da Lapa, n. 606, é a empresa G.N.A. Soluções Imobiliárias”, diz trecho da decisão do juiz João Bosco Soares da Silva, que autorizou a operação.

Os investigadores também tentaram contato com a empresa, por meio de um telefone celular informado nos cadastros e nos sites de buscas. Nas ligações, os policiais ouviam sempre a mensagem de que o telefone estava impossibilitado de receber qualquer tipo de chamada.

“Nesse sentido, a Sefaz encaminhou a informação (…) registrando que não foram encontrados contratações e serviços de energia elétrica e serviços de telecomunicações pela empresa Remocenter”, diz a decisão.

Para reforçar a suspeita, a empresa não está registrada no Conselho Regional de Farmácia.

“A Autoridade Policial registrou que os elementos apontados neste tópico são suficientes para concluir que a empresa Remocenter se trata de uma “empresa fantasma”, formalizada apenas para dar ares de legalidade ao desvio de dinheiro público, através de supostas compras de medicamentos realizados pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública”, conclui o juiz.

A operação

A Operação Hypnos foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) na manhã desta quinta.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, dois afastamentos cautelares de exercício da função pública, um mandado de prisão preventiva, além do sequestro de R$ 1.000.080,00, que recaiu sobre o patrimônio de duas pessoas e da empresa, investigados por suspeita de participação no esquema.

MidiA News

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