Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato de Marielle, permanece detido desde domingo, conforme decisão do STF. A confirmação da medida depende da aprovação da Câmara. No entanto, a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi adiada devido ao pedido de vista realizado por três deputados: Gilson Marques (Novo-SC), Roberto Duarte (Republicanos-AC) e Fausto Pinato (PP-SP). O pedido ocorreu após a leitura do parecer elaborado por Darci de Matos (PSD-SC).
Com o adiamento, a votação prevista para esta terça-feira foi postergada, mantendo Brazão sob custódia enquanto o caso aguarda análise pela Câmara.
O prazo para análise do pedido de vista é de duas sessões do plenário da Câmara, o que significa que a votação poderá ocorrer somente nos dias 9 ou 10 de abril, devido à semana reduzida pelo feriado da Páscoa e à finalização da janela partidária de vereadores.
Gilson Marques (Novo-SC) justificou o pedido de vista devido à ausência dos documentos essenciais para embasar a decisão, como o relatório final da Polícia Federal e a decisão de Alexandre de Moraes. A defesa de Brazão contestou a legalidade da prisão, argumentando que não houve flagrante e questionando a competência do STF para determiná-la.
O desfecho do caso depende da aprovação pela CCJ e posterior confirmação pelo plenário da Câmara, onde a manutenção da prisão exige maioria absoluta de votos.
Fonte: G1