Bernardo Romão Corrêa Neto teve sua prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), como parte da operação da Polícia Federal deflagrada na última quinta-feira (8). O coronel do Exército, um dos alvos dos mandados, foi detido na madrugada deste domingo (11) ao desembarcar em Brasília, vindo de uma missão nos Estados Unidos com previsão de retorno para 2025.
Corrêa Neto está sob custódia no Batalhão da Guarda Presidencial e já passou por uma audiência de custódia. O juiz auxiliar de Moraes ouviu o preso, porém, ainda não houve decisão sobre a manutenção de sua prisão preventiva.
Ele foi alvo da prisão devido a mensagens trocadas com Mauro Cid, suspeito de participar da preparação para um golpe de Estado. As mensagens incluíam discussões sobre o planejamento e desdobramentos da suposta minuta do golpe.
O Exército informou que o coronel se apresentou à Polícia Federal assim que chegou ao Brasil e encontra-se sob custódia da instituição no Batalhão da Guarda Presidencial.
Os demais alvos dos mandados de prisão, incluindo os militares Marcelo Câmara, Rafael Martins (Joe), e o ex-assessor para assuntos internacionais de Bolsonaro, Filipe Martins, já estão presos e também passaram por audiências de custódia.
Além deles, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante, por posse ilegal de arma e de uma pepita de ouro, mas teve liberdade provisória concedida por Moraes no sábado (10), levando em conta sua idade avançada e outros argumentos da PGR.
A operação também incluiu mandados de busca e prisão contra ex-ministros de Bolsonaro e militares envolvidos na suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder.
Além das prisões e buscas, foram aplicadas diversas medidas cautelares, como proibição de contato com outros investigados, restrição de saída do país, entrega de passaportes e suspensão de exercício de funções públicas. O ex-presidente Jair Bolsonaro está entre os que tiveram que entregar seus passaportes.
Fonte: Midia News