Hospital infantil de RR registra 29 internações de Yanomami em uma semana; número chega a 47

    As principais causas de internações são: doença diarréica aguda, inflamação gastrointestinal aguda, desnutrição, desnutrição grave, pneumonia, picadas de cobra e malária. Internações são referentes ao período em que o Ministério da Saúde iniciou ações na TI Yanomami.

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    A prefeitura de Boa Vista informou ao g1 que nos últimos cinco dias foram feitas 29 novas internações no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA). Ao todo, segundo a unidade, há 47 crianças Yanomami internadas no local.

    As principais causas de internações das crianças que estão no HCSA são: doença diarréica aguda, inflamação gastrointestinal aguda, desnutrição, desnutrição grave, pneumonia, picadas de cobra e malária. O número de novas internações corresponde ao período em que o Ministério da Saúde esteve Terra Indígena Yanomami e resgatou indígenas com quadros de desnutrição severa e malária.

    O Santo Antônio, administrado pela prefeitura da capital, é a única unidade de saúde em Roraima que atende crianças até 13 anos. O hospital também costuma receber pacientes da Guiana e Venezuela, países que fazem fronteira com o Brasil.

    Ontem, a Urihi Associação Yanomami, coordenada pelo presidente do Conselho do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari, divulgou que 26 crianças e dois adultos foram resgatados durante a missão do Ministério da Saúde, realizada neste domingo (22).

    O secretário de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba acompanhou a ação e ao g1 definiu o cenário como “uma operação de guerra“. Tapeba esteve na região de Surucucu, uma comunidade dominada pelo garimpo – a atividade ilegal é a principal causa da crise sanitária no território.

    O documentário “O Território” mostra a história de indígenas brasileiros Uru-Eu-Wau-Wau pela defesa de suas terras. A direção é do norte-americano Alex Pritz. É uma coprodução entre EUA, Brasil e Dinamarca.

    A maior parte das filmagens aconteceu em Rondônia, com participação de cineastas locais. Quem ajuda a traçar a linha narrativa é Bitaté, um jovem Uru-Eu-Wau-Wau, e a indigenista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha.

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