Janja destaca seu papel como articuladora no governo e menciona autonomia concedida por Lula

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    A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, afirmou que seu papel no governo é o de articuladora e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lhe concede “total autonomia” para exercer suas atividades. Em uma entrevista à BBC sobre o papel das esposas de chefes do Executivo na América Latina, publicada no sábado (13), Janja ressaltou sua intenção de remodelar o tradicional papel de primeira-dama. Segundo ela, desde a campanha, expressou o desejo de quebrar os paradigmas associados a essa função.

    “A esposa que organiza chás de caridade e visita instituições filantrópicas, esse não é o meu perfil”, afirmou Janja. Para ela, essa é uma oportunidade de “quebrar a caixa na qual as primeiras-damas são forçadas a ficar. É sobre não ter uma caixa. Nós podemos fazer o que quisermos”.

    Janja destacou que seu papel é o de articular políticas públicas e que possui a liberdade de estar em diferentes espaços e dialogar com diversos públicos quando necessário. Desde o início do governo, ela tem realizado agendas independentes do presidente, enfatizando a autonomia que recebe de Lula. “Essa linha de hierarquia não existe entre mim e meu marido”, afirmou.

    Um exemplo citado foi sua representação da Presidência no Rio Grande do Sul em setembro de 2023, durante a ocorrência de ciclones extratropicais que afetaram o Estado. Enquanto o presidente cumpria agenda no exterior, Janja esteve presente para prestar assistência às vítimas. Além disso, em abril deste ano, ela visitou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para discutir projetos do Fundo Amazônia, enquanto Lula estava em outra cidade.

    Apesar de seu papel ativo, a atuação da primeira-dama, que inclui poder de veto e interferência em áreas como economia, Defesa e publicidade, tem recebido críticas de ministros e líderes de partidos desde 2023. Uma pesquisa do PoderData, realizada em março, revelou que 27% das pessoas que a conhecem a consideram “ruim para o Brasil”, enquanto 42% acreditam que seu trabalho é indiferente. Outros 20% avaliam que Janja é “boa para o Brasil”.

    Fonte: GazetaDigital

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