O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua preocupação com o processo eleitoral na Venezuela, especialmente após a inelegibilidade da principal candidata da oposição, Corina Yoris, à presidência do país. Em suas primeiras declarações sobre o assunto desde que o Brasil manifestou preocupação com as eleições venezuelanas, Lula descreveu a situação como “grave”.
Corina Yoris, representante do principal grupo opositor ao atual presidente Nicolás Maduro, não conseguiu registrar sua candidatura dentro do prazo estabelecido, o que a impediu de concorrer. Lula, em evento de recepção ao presidente francês Emmanuel Macron durante sua visita ao Brasil, expressou sua surpresa com a situação e afirmou ter conversado com Maduro sobre a importância de garantir um processo democrático na Venezuela.
“Eu fiquei surpreso com a decisão. Primeiro a decisão boa, da candidata que foi proibida de ser candidata pela Justiça [María Corina Machado], indicar uma sucessora [Corina Yoris]. Achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata não possa ter sido registrada”, disse Lula.
O ex-presidente ressaltou que não houve uma justificativa clara para a impossibilidade do registro da candidatura de Yoris, o que ele considera injusto. “O dado concreto é que não tem explicação. Não tem explicação jurídica, política, você proibir um adversário de ser candidato”, afirmou.
Lula enfatizou a importância de um processo eleitoral transparente para que a Venezuela possa se reintegrar à comunidade internacional com normalidade. Macron, ao lado de Lula, concordou com a posição do brasileiro e afirmou que tentará convencer Maduro a permitir a participação dos candidatos barrados.
Essa é a primeira declaração de Lula sobre o assunto desde que o Brasil demonstrou preocupação com as eleições venezuelanas, após a impossibilidade do registro da candidatura de Corina Yoris. A situação gerou reações não apenas no Brasil, mas também em outras nações.
Fonte: G1