A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá recebeu duas denúncias contra a vereadora Edna Sampaio (PT) por supostamente se apropriar da Verba Indenizatória (VI) de sua chefe de gabinete. As acusações, feitas por populares, podem levar à perda de mandato da parlamentar.
Edna foi cassada por unanimidade pelos vereadores em novembro de 2023 por supostamente praticar “rachadinha”, mas conseguiu o cargo de volta após uma decisão judicial.
As novas denúncias apontam que a vereadora teria usado a verba da chefe de gabinete para fins pessoais. O presidente da Comissão de Ética, vereador Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), encaminhou os documentos para o presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), que deve lê-los na sessão plenária da próxima quinta-feira (29).
“A Comissão concluiu pelo prosseguimento do procedimento de perda de mandato parlamentar em desfavor da vereadora Edna Sampaio embasando-se no parecer jurídico da Procuradoria desta Casa, a qual fundamenta nossa decisão”, disse o presidente.
“A Comissão entende que há indícios suficientes para justificar o seguimento e a representação considerando a necessidade de preservação da ética e do decoro do exercício do mandato do parlamentar”, emendou.
Após a leitura das denúncias na sessão plenária, a Comissão de Ética terá 90 dias para analisar os documentos e comunicar a vereadora das acusações.
O caso que cassou a vereadora em novembro ficou conhecido como “caso rachadinha”. Comprovantes de transferências bancárias e conversas de WhatsApp indicaram que parte da V.I. de sua chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira, estavam indo para a conta da petista.
Os documentos indicavam que no ano passado a parlamentar recebeu pelo menos R$ 20 mil em transferências feitas por Laura Natasha.
Após o caso vir a público, a Câmara abriu um processo de quebra de decoro parlamentar contra a vereadora por apropriação indébita. O promotor de Justiça Mauro Zaque, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, também abriu um inquérito para investigar a petista.
Fonte: G1