O presidente da Comissão Processante contra a vereadora Edna Sampaio (PT), vereador Sargento Vidal (MDB), recusou um pedido de embargo para suspender os procedimentos que podem levar à cassação da parlamentar. Segundo Vidal, o pedido não era justificado.
“Na semana passada, ela alegou que a denúncia contra ela estava equivocada, pois a Casa teria aceitado a segunda denúncia e não a primeira. Após análise, constatamos que isso não procedia. Aceitamos a primeira denúncia e a segunda foi apenas anexada”, explicou o parlamentar.
Vidal avalia que o pedido de embargo tinha como objetivo atrasar os procedimentos, por isso foi rejeitado. “Portanto, rejeitamos o pedido e notifiquei-a, estabelecendo o prazo para apresentação da defesa prévia até o dia 27 de março”, acrescentou.
Com a decisão de rejeição, Edna tem até esta sexta-feira (27) para apresentar sua defesa prévia e indicar até 10 testemunhas de defesa. As duas denúncias contra a vereadora referem-se ao mesmo incidente ocorrido em 2023, quando ela foi acusada de utilizar indevidamente a verba indenizatória de sua chefe de gabinete para despesas relacionadas ao mandato.
A Comissão Processante contra a parlamentar é composta pelos vereadores Sargento Vidal (MDB), Eduardo Magalhães (Republicanos) e Cezinha Nascimento (União Brasil).
Cassação
Em 2023, Edna Sampaio chegou a ter seu mandato cassado, mas conseguiu reverter a decisão por meio de um recurso judicial. Ela foi alvo de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por supostamente estar envolvida em um esquema de uso indevido da verba indenizatória de sua chefe de gabinete, com participação do marido, o servidor público Willian Sampaio (PT), e de sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira Abreu.
A ex-servidora afirmou ter transferido R$ 20 mil para a conta da parlamentar, referentes a quatro parcelas de sua verba indenizatória. Quando a denúncia veio à tona, Edna alegou que os valores foram destinados a custear despesas do mandato. A Câmara considerou a conduta “ilegal”, e o caso foi encaminhado para investigação pela Comissão de Ética.