Nunca nos vimos tão conectados como nos dias atuais. A internet tem tido um crescimento exponencial nos últimos anos, e assim muito novos adeptos.
Os internautas passaram a dinamizar o seu dia a dia com o auxílio da ferramenta digital, seja para trabalhar, fazer compras e entreter.
Em tempos de pandemia, a internet passou a ter um papel primordial para muitas pessoas, auxiliando para o isolamento social.
As chamadas de vídeo e envio de mensagens vem mantendo a proximidade e a interação entre muitos amigos e familiares. Mesmo com tamanha mudança de comportamento, muitos ainda pensam que a tecnologia ainda pode ser um obstáculo para os idosos. Será mesmo?
Uma pesquisa recente realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil, aponta que o número de idosos com mais de 60 anos com acesso a internet, subiu de 68 para 97 por cento nos últimos três anos no país.
O meio de acesso mais queridinho dos nossos idosos para acesso a grande rede, continua sendo os smartphones com 84 por cento, seguido dos notebooks e computadores desktops. A importância deste público para o mercado tem sido foco de análise pelas grandes empresas, visto que boa parte dos idosos possui bom poder de compra, além da vida financeira estável, o que desperta a atenção do mercado.
Atualmente, há aparelhos desenvolvidos para atender e facilitar o uso por parte dos idosos (entre smartphones, tablets e notebooks), além de cursos especializados voltados para o aprendizado no uso dessas tecnologias.
Observamos então, que diante da inclusão digital direcionada aos idosos, as benesses surgem na mesma velocidade desse “boom” tecnológico. Dentre os quais, o acesso a bancos e soluções financeiras evitando filas e deslocamentos para agências;
Os serviços de entrega que proporcionam uma infinidade de opções de compra nos mais diversos estabelecimentos, tais como farmácias, mercados e restaurantes;
Além do auxílio à saúde com ferramentas que atuam no monitoramento da saúde dos idosos.
Não obstante, podemos enaltecer os mecanismos de inclusão social e comunicação, onde aplicativos mensageiros e demais ferramentas promovem interação e reduzem a sensação de isolamento aumentando a auto estima dos idosos;
Nessa casta, observamos que o entretenimento abre um leque de opções para os idosos, como ver e ouvir músicas e shows musicais, acompanhar e realizar apresentações de conteúdos de interesse pessoal, além do uso de redes sociais como mecanismo de interação entre seus amigos e familiares, trazendo distração e diversão e mantendo assim a mente ativa e suas capacidades cognitivas.
O aprendizado nesse sentido possibilita novas vivências, descobertas e experiências, que podem contribuir sobremaneira para a qualidade de vida e saúde mental. Mas como podemos colaborar nesse sentido?
Bom, por vezes nos pegamos com alguma dificuldade ou outra no uso de alguns aplicativos e precisamos recorrer ao auxílio de especialistas que detém um conhecimento maior da situação, através de chats, centrais telefônicas, entre outros.
No caso dos idosos, é de grande auxílio compartilharmos o nosso conhecimento com eles, contribuindo para o uso dessas ferramentas, tirando dúvidas, apontando os riscos, e mostrando pacientemente como funciona cada ferramenta para promover o seu uso seguro.
No meio tecnológico, sabemos que há muitos oportunistas que se aproveitam dos descuidos para aplicar golpes e tirar vantagens financeiras e nosso comportamento como amigos ou parentes desses idosos, é colaborar para que eles possam desfrutar da tecnologia de forma adequada e sem intempéries.
Torna-se uma tarefa nobre e singela contribuir para que os nossos vovôs e vovós possam se beneficiar da inclusão digital, não apenas para a saúde mental dos mesmos, mas para trazer mais autonomia e independência para o seu dia a dia. Aqueles poucos minutos da nossa vida para dar atenção a quem sempre nos deu, pode fazer bem não apenas para nós, mas para uma infinidade de pessoas que procuram viver melhor.
Gian Franco Cardoso Baldo é investigador de Polícia