Um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta que o ano de 2023 foi marcado por uma série de eventos climáticos extremos que quebraram recordes em todo o mundo, resultando em impactos socioeconômicos significativos, especialmente entre as populações mais vulneráveis. O relatório, intitulado “O estado do clima em 2023”, revela uma verdadeira avalanche de recordes climáticos que afetaram diversas áreas, desde os níveis de gases de efeito estufa até a cobertura de gelo na Antártida e no Ártico.
Segundo o relatório, nunca antes na história o mundo testemunhou tantos extremos e recordes climáticos. O aumento das concentrações dos principais gases de efeito estufa, como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, atingiu níveis recordes em 2022, com dados em tempo real mostrando um contínuo aumento em 2023. Esse aumento das emissões resultou em uma série de desafios, incluindo o aumento das temperaturas médias globais, que atingiram 1,45°C acima da média pré-industrial em 2023, tornando-o o ano mais quente já registrado.
Além disso, o estudo destaca a ocorrência de recordes nos oceanos, com ondas de calor marinhas atingindo uma cobertura média diária de 32%, bem acima do recorde anterior de 23% em 2016. O aumento do nível do mar também é uma preocupação crescente, com o nível médio global do mar atingindo o seu pico histórico em 2023, demonstrando o contínuo aquecimento dos oceanos e o degelo das geleiras.
Outro ponto de destaque é a cobertura de gelo na Antártida e no Ártico, com a extensão do gelo marinho atingindo mínimas históricas em diversas ocasiões ao longo do ano.
Diante desse cenário alarmante, o relatório ressalta a urgência de ações efetivas para combater as mudanças climáticas e mitigar seus impactos devastadores. Ações coordenadas e políticas globais são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelo aumento das temperaturas e eventos climáticos extremos.
Fonte: G1