A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar oficialmente a deputada federal Coronel Fernanda (PL) pela suposta participação direta na organização dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Em depoimento à PF, uma participante do quebra-quebra disse que a caravana em que foi a Brasília teria sido organizada pela deputada e também pelos ex-candidatos Analady Carneiro da Silva, que não se elegeu a deputada federal, e Rafael da Silva Yonekubo, que ficou de suplente de deputado estadual.
Os três negam participação, direta ou indireta, na destruição das sedes dos Três Poderes cometida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) naquela data. Fernanda afirma que ajudou a organizar viagens anteriores a Brasília, mas não participou do 8 de janeiro.
Analady e Rafael afirmaram, por meio de sua defesa, que os dois estavam em Cuiabá nesse período. Ele se casou em 7 de janeiro, tendo Analady como convidada na festa.
O pedido da PF foi encaminhado ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que preside os inquéritos relativos aos atos antidemocráticos. As informações são da coluna de Aguirre Talento no Uol.
“Caso a investigação seja autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, a deputada Coronel Fernanda seria o quarto parlamentar alvo de apurações decorrentes do 8 de janeiro. O STF já abriu inquéritos para apurar suspeitas de incitação aos atos de violência pelos parlamentares André Fernandes (PL/CE), Clarissa Tércio (PP/PE) e Silvia Waiãpi (PL/AP)”, apontou a reportagem.
No caso Fernanda, “seria a primeira investigação para apurar a participação direta de parlamentar na organização dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro”.
Em depoimento à PF, Gisela Bohrer disse que “veio para Brasília numa caravana organizada” por Fernanda, Analady e Rafael.
“Os três coordenam grupos de WhatsApp e organizam caravanas para Brasília já há dois anos; que tais caravanas tinham por objetivo o apoio ao então Presidente Bolsonaro, tais como fizeram por ocasião dos desfiles de 7 de setembro e 15 de novembro de 2021 e 2022”, contou Gizela à PF. “Todo mundo que vem nesses ônibus vem de graça e recebe todas as refeições de graça”, afirmou á PF.
Midia Jur