AGU ordena identificação de ‘rede de desinformação’ sobre caso Marajó

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O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, anunciou neste sábado (24) que instruiu a identificação de possíveis “redes de desinformação” que divulgaram notícias falsas sobre a situação de crianças na Ilha de Marajó, no Pará.

Messias enfatizou que essas redes causaram uma “desordem informacional” em relação a Marajó. Ele defendeu que a população local merece respeito e um tratamento digno por parte de todas as esferas do poder público.

“O governo federal está comprometido em investigar denúncias sérias para desmantelar redes de tráfico humano e exploração sexual e infantil em todo o país. Vamos proteger nossas crianças sem propagar notícias falsas!”, declarou Jorge Messias.

Entenda o caso

O tema ganhou destaque devido à música “Evangelho de Fariseus”, da cantora gospel Aymeê, que aborda questões vivenciadas na Amazônia e se tornou viral nas redes sociais. A letra da música menciona o Arquipélago do Marajó, localizado no norte do Pará.

Com a repercussão, o assunto foi abordado por influenciadores. Figuras públicas como Rafa Kalimann e a atriz Thaila Ayala fizeram postagens no Instagram sobre os alegados casos de exploração sexual infantil na região.

“O Marajó pede socorro”, escreveu a ex-ministra Damares Alves. Em uma postagem no Twitter, Damares afirmou ter tentado resolver o “problema” durante seu mandato como ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro, mas destacou que a prioridade dada ao combate à pandemia dificultou um resultado mais eficaz.

ONGs argumentam que as declarações visam desmantelar o trabalho realizado na região. Organizações como o Observatório do Marajó e a Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (Cojovem) afirmaram que a associação do arquipélago à exploração sexual infantil é uma estratégia adotada por grupos que não estão mais presentes na região e que possuem outros interesses.

O Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação civil pública contra Damares em 2023, devido a declarações falsas feitas pela ex-ministra durante um culto evangélico em Goiânia, em 8 de outubro de 2022, sobre supostos casos de exploração sexual infantil em Marajó.

Fonte: MidiaNews

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