Assembleia Legislativa registra altas taxas de faltas e licenças entre deputados no primeiro semestre de 2023

0

No panorama político do primeiro semestre de 2023, a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT) enfrentou números significativos de faltas e licenças por parte de seus membros. O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) liderou o ranking de ausências, enquanto Odanir Bortolini, conhecido como Nininho (PSD), se destacou pelo tempo em licença, abrindo espaço para seu suplente.

Um levantamento feito pelo site Midiajur indicou que, das 42 sessões ordinárias realizadas no semestre, Elizeu Nascimento esteve ausente em oito, principalmente entre 28 de junho e 6 de julho. Nesse intervalo, a Assembleia encerrou suas atividades antes do recesso de meio de ano. Logo atrás de Nascimento, os deputados Carlos Avalone (PSDB), Dr. Eugênio (PSB) e Paulo Araújo (PP) também tiveram sete faltas cada.

É importante observar que o Legislativo tem mantido a maior parte de suas sessões nas quartas-feiras, com exceções esporádicas. Durante o período analisado, somente quatro deputados mantiveram 100% de presença: Eduardo Botelho (União Brasil), que também é o presidente da ALMT, Thiago Silva (MDB), Lúdio Cabral (PT) e Wilson Santos (PSD), além do próprio Nininho (PSD), apesar de suas licenças.

Decisões Importantes na Ausência de Representantes

A ausência de deputados em sessões é particularmente notável quando pautas cruciais estão em discussão. Elizeu Nascimento, por exemplo, faltou à sessão vespertina de 28 de junho, quando foi aprovado o projeto do “transporte zero”, que poderá impactar a pesca artesanal e profissional por até cinco anos. Nesse mesmo dia, ele esteve presente na primeira sessão e votou contra o projeto de lei nº 1363/2023.

Um Fenômeno de Suplentes

No primeiro semestre de 2023, a ALMT também viu uma alta rotatividade de suplentes ocupando cadeiras de deputados titulares em licença. O deputado Nininho cedeu sua vaga a Reck Júnior (PSD) em 34 das 42 sessões do semestre. Isso significa que Nininho esteve presente em apenas 20% das reuniões de votação, enquanto Reck Júnior ocupou a cadeira nos outros 80% do tempo, inclusive tendo o luxo de faltar em duas sessões em 12 de abril.

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, também ficou licenciado por 21 sessões, e outros deputados seguiram a mesma tendência, contribuindo para um fenômeno raro de presença de nove diferentes suplentes no semestre. Entre eles, além de Reck Júnior, estiveram Silvano Amaral (MDB), Valter Miotto (MDB), Gilberto Figueiredo (União Brasil), Alex Sandro (Republicanos), Damiani da TV (PSDB), Fracis Maris (PSDB), Roni Magnani (PSB) e Xuxu Dal Molin (União Brasil).

O cenário traz questões importantes sobre representatividade e responsabilidade na casa legislativa, uma vez que ausências e licenças podem ter consequências diretas nas decisões políticas que afetam a população do estado.

 

Peterson Prestes

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui