Atividade da indústria de transformação perde ritmo em setembro, aponta CNI

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A atividade da indústria de transformação mostrou sinais de desaceleração entre agosto e setembro, de acordo com a pesquisa mensal da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os principais indicadores do setor tiveram queda: faturamento real (-0,5%), horas trabalhadas (-1%) e utilização da capacidade instalada, que caiu 0,3 ponto percentual.

Larissa Nocko, economista da CNI, atribuiu a desaceleração ao ambiente de crédito desfavorável impactado por altas taxas de juros. “Mesmo com os recentes cortes da taxa Selic, os juros ainda exercem um papel restritivo sobre a economia”, disse Nocko.

Na reunião desta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central discutirá a taxa Selic, atualmente em 12,75% ao ano. A expectativa é de uma redução para 12,25% ao ano. Desde março de 2021, o Copom elevou a Selic 12 vezes seguidas, impactando negativamente a expansão econômica.

Dados da indústria mostram que o faturamento vem oscilando durante o ano. Em relação a setembro de 2022, houve uma queda de 1,4%. Além disso, as horas trabalhadas caíram 3,5% na mesma comparação anual.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) alcançou 78,1% em setembro, uma queda de 2,8 pontos percentuais em relação a setembro de 2022. Por sua vez, o emprego manteve-se estável em setembro, mostrando sinais de desaceleração em relação aos avanços de 2021 e 2022.

Contudo, há sinais positivos em relação aos salários. Em setembro, o rendimento médio real cresceu 1,6% em relação a agosto e acumulou um avanço de 2,7% no ano. Em comparação com setembro de 2022, o crescimento foi de 2,8%. Já a massa salarial real teve um aumento de 1,5% em setembro comparado a agosto, com um avanço anual de 3,1%.

Peter Paulo

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