Ao percorrer as ruas do centro da capital, é evidente o aumento no número de pessoas em situação de rua, uma realidade que se torna cada vez mais presente. Essa percepção não é apenas subjetiva. Conforme um relatório divulgado pelo Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania no final do ano passado, o Estado de Mato Grosso registra aproximadamente 2.531 indivíduos nessa condição. Os dados foram levantados até julho de 2023, durante uma pesquisa realizada.
Cuiabá desponta como o município com a maior população em situação de rua no estado, contabilizando cerca de 1.000 pessoas nessa condição. Em seguida, está Rondonópolis, a 212 km da capital, com 405 pessoas. Ambas as cidades também são as mais populosas do estado. Destaca-se também a situação de Sinop, localizada a 500 km de Cuiabá, com 199 pessoas nessa condição, representando 0,144% da população.
Esses números foram obtidos com base nos registros daqueles que estão cadastrados no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo federal.
Entre a população em situação de rua, a maioria é do sexo masculino, com idades entre 30 e 39 anos, e se autodeclara como parda. O nível de escolaridade e o tempo em que estão nessa condição também foram levantados pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Segundo os dados, 409 entrevistados estão há até 6 meses nessa situação, enquanto 95 pessoas vivem nas ruas há mais de 10 anos.
Dentre os principais motivos que levam essas pessoas a viverem nas ruas estão o alcoolismo/drogas, problemas familiares e desemprego.
Por outro lado, um estudo intitulado “Quero te Conhecer”, realizado em 2023 pela Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Pessoas com Deficiência de Cuiabá, aponta que há 434 pessoas em situação de rua na capital, sendo que 193 delas estão em acolhimento institucional. Desse total, 387 são homens, 39 mulheres e 8 são trans/travestis.
Cuiabá conta com 3 casas de acolhida, cada uma com capacidade para 50 vagas, para onde as pessoas em situação de rua são encaminhadas através de indicações dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e do Centro Pop.
Fonte: Gazeta Digital