O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), afirmou nesta quinta-feira (3) que os bolsonaristas que protagonizaram cenas hostilizando e agredindo verbalmente a imprensa em Cuiabá devem ser identificadas e presas.
“Aquelas pessoas que começam a agredir os outros não estão se manifestando, estão partindo para baderna e agressão. Eles têm que ser identificados, presos e penalizados, inclusive para servir de exemplo para que outros não criem animo para sair agredindo as pessoas”, disse.
Na noite de quarta-feira (2), uma equipe da TV Vila Real foi hostilizada durante a cobertura jornalística de um ato em frente ao 13º Batalhão, na Avenida do CPA. Os manifestantes xingaram e até danificaram o carro da reportagem e equipamentos de trabalho da equipe.
Os bolsonaristas se reuniram em frente ao batalhão para protestam contra a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial do último domingo (3). Entre as demandas, pediam “intervenção federal” e “acionamento das forças armadas”.
Botelho saiu em defesa da atuação da imprensa e afirmou não ser “tolerável” a atitude dos manifestantes.
“Tem que identificar, tem que pagar pelos danos, penalmente pelo que eles fizeram e isso não é tolerável. Não é aceitável isso com ninguém, muito menos com a imprensa que esta trabalhando, que esta levando informação e prestando um serviço público para todos. É totalmente descabido”, disse.
“Essas pessoas tem que ser identificadas pela imprensa, para que eles paguem por isso. Senão daqui uns dias, quando tiver qualquer movimento a imprensa pode ser agredida. Tem que reprimir isso duramente”, emendou.
Segundo o grupo A Gazeta, da qual a TV Vila Real pertence, o caso foi denunciado à Polícia Judiciária Civil e classificado como “desrespeito à democracia”.
Midia News