O estado de Mato Grosso enfrentou condições climáticas excepcionais em 2023, com cerca de cinco ondas de calor atingindo temperaturas recordes em diversas cidades. Cuiabá, a capital, registrou, em 19 de outubro, o dia mais quente de sua história, marcando impressionantes 44,2°C. Esse padrão de calor fora do comum é atribuído ao fenômeno El Niño, que intensificou massas de ar quente desde o final do inverno até dezembro.
A primeira onda de calor, em agosto, trouxe máximas previstas de 41°C em Cuiabá. Em setembro, temperaturas atingiram os 42°C, agravadas pela falta de chuva e baixa umidade do ar. No mês seguinte, Cuiabá quebrou seu recorde histórico, alcançando 44,2°C. Novembro trouxe mais calor, com temperaturas até 5°C acima da média, contribuindo para incêndios no Pantanal.
Dezembro manteve a tendência, com temperaturas perto dos 40°C. O fenômeno El Niño, responsável por aquecer as águas do Oceano Pacífico, continua influenciando o clima em Mato Grosso, prevendo-se impactos até meados de 2024.
Especialistas alertam para os riscos à saúde, especialmente dos idosos, devido ao calor extremo. A falta de programas municipais de conscientização em Cuiabá é criticada, enquanto médicos apontam que a cidade já é considerada inabitável devido às altas temperaturas e à falta de umidade.
Além dos humanos, animais também sofrem com o calor. Veterinários recomendam cuidados especiais, incluindo alimentação leve, proibição de passeios em horários de sol forte e atenção à hidratação dos pets.
Fonte: MidiaNews
