O deputado estadual reeleito Gilberto Cattani (PL) afirmou que uma “traição” ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, foi a responsável pela derrota nas urnas do deputado federal Nelson Barbudo (PL).
Segundo Cattani, os bolsonaristas não se esqueceram de um episódio envolvendo Barbudo, em 2019, quando todos ainda estavam filiados ao antigo PSL.
“Tem um ditado que diz assim: ‘A política ama uma traição, mas odeia e nunca perdoa um traidor’. Nos primeiros meses de 2019, ele já mostrou a que veio, quando subiu na tribuna da Câmara Federal e disse que o Bolsonaro era simplesmente um filiado do PSL, que tinha que respeitar o partido”, disse.
“Na época, o partido estava votando contra as pautas que nós acreditamos. Eu tenho certeza que o eleitor cobrou ele”, acrescentou.
À época, Bolsonaro passava por uma crise interna no PSL por desentendimentos com Luciano Bivar, que comandava o partido e hoje é líder do União Brasil.
Barbudo apareceu em uma lista de bolsonaristas que estavam ao lado de Bivar, e não do presidente. E desde então teve a relação estremecida com Bolsonaro.
No ano anterior, na eleição de 2018, Barbudo foi o candidato mais votado de Mato Grosso com mais de 126 mil votos. Ele, entretanto, viu seu eleitorado se desfazer em 2022, recebendo 53 mil votos e não conseguindo se reeleger.
Bancada do PL
Apesar da derrota de Barbudo, o PL de Mato Grosso dobrou o número de cadeiras na Câmara Federal. O único reeleito da sigla no Estado foi José Medeiros.
Outras três novidades do partido no Congresso são o ex-vereador Abílio Brunini (PL), a Coronel Fernanda (PL) e a jornalista Amália Barros (PL).
