Cerca de 13,2 milhões de brasileiros tornaram-se microempreendedores individuais até 2021, revela IBGE

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Cabelereiros e barbeiros, E / D : Cabelereiras, Marina Praia e Vânia Praia

Na última quarta-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma nova atualização das Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais de 2021. Segundo a pesquisa, os microempreendedores individuais (MEIs) agora representam 69,7% das empresas e organizações e 19,2% das ocupações formais no Brasil.

Um dos pontos mais notáveis da pesquisa é o aumento significativo do número de MEIs em comparação ao período pré-pandemia da covid-19 em 2019. O aumento foi de 37,5%, o que significa um acréscimo de 3,6 milhões de novos empreendedores individuais. Ao observarmos esses números, é evidente que o perfil empreendedor do brasileiro se intensificou durante a pandemia.

Mas nem todos os indicadores são positivos. O número de MEIs com empregados teve uma queda, passando de 146,3 mil em 2019 para 104,9 mil em 2021. Esse recuo indica os desafios enfrentados por esses empreendedores em manter colaboradores em suas atividades, especialmente considerando o cenário econômico incerto vivido nos últimos anos.

Sobre o perfil desses MEIs, o estudo revelou que:

  • 50,2% atuavam no setor de serviços, sendo que cabeleireiros e tratamento de beleza lideram com 9,1%, seguidos por comércio varejista de artigos de vestuário com 7,1% e restaurantes e estabelecimentos de serviços de alimentação com 6,3%.
  • 38% trabalhavam em suas próprias residências.
  • A média de idade desses empreendedores é de 40,7 anos, com 30,3% entre 30 e 39 anos.
  • 86,7% não possuem ensino superior completo.
  • Entre os que foram desligados antes de se tornarem MEIs, 62,2% foram demitidos por seus empregadores ou por justa causa.

O estudo também mostra uma concentração dos MEIs em determinados estados: São Paulo lidera com 3,6 milhões, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com 1,5 milhão, Paraná com 825,8 mil e Rio Grande do Sul com 799,1 mil.

Diante deste panorama, é essencial considerar os desafios e as oportunidades para esses microempreendedores, especialmente em um cenário pós-pandêmico que ainda se mostra incerto em diversos aspectos econômicos e sociais. A crescente adesão ao MEI indica uma busca por autonomia e novas formas de sustento, mas também reflete as adversidades do mercado de trabalho formal.

A matéria contou com dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Peter Paulo

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