Chefe do MPE diz que só gestão de qualidade resolverá caos

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O procurador-geral de Justiça Deosdete Cruz afirmou que apenas uma “gestão de qualidade” poderá resolver todos os problemas da Saúde de Cuiabá.

O chefe do Ministério Público do Estado (MPE) não acredita que 90 dias, caso a intervenção seja determinada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, serão suficientes para o interventor conseguir melhorar todo o caos que acontece.

O Órgão Especial do TJ irá retomar o julgamento nesta quinta-feira (9).

“O prazo de 90 dias é insuficiente ainda que todos os recursos sejam realocados para fazer uma melhora total. São tantos problemas que o interventor vai ter que escolher qual resolver primeiro”, afirmou em entrevista à rádio Vila Real.

“Não podemos ter a ilusão de achar que 90 dias de intervenção vão resolver o problema da Saúde, o que resolve é uma gestão de qualidade”, acrescentou.

Mesmo sem citar nomes, Deosdete criticou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), ao declarar que um gestor de qualidade é aquele que olha para o que não está funcionando e tenta corrigir.

Ao defender a intervenção, o procurador afirmou que o trabalho principal do Estado será corrigir o descumprimento das ordens judiciais que deram pontapé inicial à denúncia contra a secretaria.

A reclamação dos profissionais focou, inicialmente, no descumprimento da ordem judicial que determinava a abertura de concurso público na Saúde. Este ponto, segundo Deosdete, deve ser resolvido na intervenção.

Julgamento

O julgamento que pode retomar a intervenção na Saúde foi adiado após pedido de vista compartilhado pelos desembargadores Rubens de Oliveira Santos Filho e Juvenal Pereira no último dia 23 de fevereiro.

Cinco desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso haviam votado a favor da retomada da intervenção.

Os magistrados Paulo da Cunha, Rui Ramos, Carlos Alberto Alves da Rocha e Maria Erotides Kneip acompanharam o voto do relator, Orlando Perri, pela intervenção.

Midia NEWS

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