O conflito começou em 1917, quando o Reino Unido prometeu criar um lar nacional para os judeus na Palestina. A promessa, conhecida como Declaração Balfour, foi rejeitada pelos árabes palestinos, que também reivindicavam a terra.
Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina em dois Estados, um judeu e outro árabe. O plano foi rejeitado pelos árabes e, em 1948, Israel declarou independência.
A declaração de independência de Israel foi seguida por uma guerra árabe-israelense, que resultou na captura por Israel de 78% da Palestina histórica. Os palestinos que viviam nessas áreas foram forçados a fugir ou foram expulsos.
Após a guerra, Israel ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e começou a construir assentamentos judeus nessas áreas. A ocupação e os assentamentos são considerados uma violação do direito internacional por muitos países.
Desde então, o conflito Israel-Palestina tem sido marcado por períodos de violência e de trégua. Em 1993, Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) assinaram os Acordos de Oslo, que previam a criação de um Estado palestino ao lado de Israel. No entanto, os acordos não foram implementados integralmente e o conflito continuou.
Em 2000, eclodiu a Segunda Intifada, um período de violência que durou até 2005. A Intifada foi marcada por ataques suicidas contra civis israelenses e por retaliações do exército israelense.
Em 2005, Israel retirou-se da Faixa de Gaza, mas continuou a controlar o acesso à área. O Hamas, um grupo terrorista palestino, assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007.
O conflito Israel-Palestina é um dos mais complexos e difíceis de resolver do mundo. As duas partes têm posições irreconciliáveis sobre a questão da terra e do direito de retorno dos refugiados palestinos.
Conclusão:
Após décadas de violência e impasse, o conflito Israel-Palestina continua sem solução. A escalada de violência em 2023 só serve para complicar ainda mais o cenário.
Entrevista:
Entrevistado: Dr. Daniel Bar-Tal, professor de psicologia social da Universidade de Tel Aviv
Pergunta: O que explica a persistência do conflito Israel-Palestina?
Resposta: Há muitas razões para a persistência do conflito Israel-Palestina. Uma delas é a disputa sobre a terra. Os judeus e os palestinos reivindicam a mesma terra, e essa disputa é um dos principais obstáculos para uma solução.
Outra razão é o trauma de ambos os lados. Os judeus sofreram o Holocausto, e os palestinos sofreram a Nakba, a expulsão de suas terras em 1948. Esses traumas são transmitidos de geração em geração e contribuem para a perpetuação do conflito.
Ainda outra razão é a falta de confiança entre as duas partes. Os judeus acreditam que os palestinos não aceitarão um Estado judeu, e os palestinos acreditam que os judeus nunca aceitarão um Estado palestino. Essa falta de confiança torna difícil construir um acordo.
Pergunta: Existe alguma esperança de uma solução para o conflito?
Resposta: Sim, existe esperança de uma solução para o conflito. No entanto, será necessário que as duas partes estejam dispostas a fazer concessões. Os judeus terão que aceitar a existência de um Estado palestino, e os palestinos terão que aceitar a existência de um Estado judeu.
Além disso, será necessário que a comunidade internacional pressione as duas partes para que cheguem a um acordo. A comunidade internacional pode ajudar a criar um ambiente favorável para as negociações e a garantir que qualquer acordo seja implementado.
Peterson Prestes