O deputado federal Abílio Brunini (PL) manifestou indiferença em relação ao processo aberto contra ele pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, a respeito de uma acusação de transfobia. O processo foi instaurado na quarta-feira (30), após acusação feita pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), que alega que Brunini agiu de forma transfóbica contra a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).
O Caso
O incidente ocorreu em uma reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) realizada no dia 8 de Janeiro. Segundo Carvalho, Brunini teria feito comentários desrespeitosos enquanto a deputada Erika Hilton estava falando. O microfone de Brunini estava desligado no momento, tornando a verificação dos fatos mais complicada.
O Parecer da Polícia
Um parecer preliminar da Polícia do Senado concluiu que, devido à baixa qualidade das imagens das câmeras do local, não foi possível verificar a fala do deputado.
Reação de Brunini
Falando à rádio Jovem Pan, Brunini afirmou: “Não tenho nem um pingo de preocupação. Essa denúncia na Comissão de Ética foi dada antes mesmo da Polícia ter dado o parecer”. Ele argumenta que a iniciativa de abrir o processo foi uma tentativa da esquerda de prejudicar sua imagem no Congresso Nacional.
Contexto Político
O deputado sugere que as acusações são parte de uma narrativa mais ampla contra ele, principalmente por membros do Partido dos Trabalhadores (PT). “Para a frustração dos petistas que me odeiam, isso não vai dar nada”, concluiu.
Próximos Passos
O presidente da Comissão de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), confirmou a instauração do processo, que foi iniciado a partir de uma representação feita pelo PSOL. O processo agora avança para as próximas etapas investigativas.
O caso chama a atenção para questões mais amplas sobre ética parlamentar e inclusão, especialmente em relação à comunidade LGBTQ+. Embora Brunini acredite que o caso será arquivado, resta ver como o processo se desdobrará e qual será o seu impacto político.
Peterson Prestes