No dia 18 de maio, o Brasil se une em uma causa vital: o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Identificada pela cor laranja, esta data, instituída pela Lei Federal 9.970/2000, é um marco para conscientizar e mobilizar a sociedade contra essa grave violação dos direitos humanos.
Infelizmente, o abuso e a exploração sexual de crianças ainda são realidades cruéis que persistem em nossa sociedade, afetando milhares de vidas anualmente. Muitas vezes, esses crimes ocorrem dentro do próprio ambiente familiar ou são perpetrados por pessoas próximas à criança, dificultando sua identificação e denúncia.
Em Mato Grosso, uma união de esforços resultou na criação da Coordenadoria de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e Vulneráveis. A medida, aprovada por Lei Complementar, é exercida pela Polícia Judiciária Civil de MT (PJC-MT). Dados da coordenadoria revelam que de 2019 a 2023 houve um aumento de 13% nos crimes contra menores; de janeiro a abril deste ano, foram registrados 3.204 casos.
O aumento nas denúncias reflete uma maior conscientização e capacidade de investigação. Conforme o relatório, os crimes mais comuns são lesão corporal, ameaça, estupro de vulnerável, abandono, injúria, difamação, corrupção de menores, estupro e assédio sexual. Os principais locais de ocorrência são residências, vias públicas, escolas, internet e creches.
Falar sobre esse assunto é doloroso, especialmente para pais que desejam proteger e amar seus filhos. Saber que existem crianças e adolescentes em risco nos aflige, reforçando a necessidade de discutir o tema e compreender os diversos aspectos dos crimes contra menores.
O abuso sexual não se restringe à violência física, mas inclui formas de violência psicológica e emocional, causando cicatrizes profundas e impactando o desenvolvimento das vítimas. A educação e a conscientização são essenciais nessa luta, ajudando a identificar sinais de abuso e promover ambientes seguros onde as crianças possam buscar ajuda.
A criação de uma coordenadoria específica para combater crimes contra vulneráveis pela Polícia Civil é um avanço significativo para fortalecer os mecanismos de proteção e garantir os direitos das vítimas. Essa iniciativa padroniza o atendimento, busca provas e providencia encaminhamentos psicológicos, médicos e jurídicos adequados.
A denúncia é um passo crucial para romper o silêncio que perpetua o ciclo de abuso e garantir que os agressores sejam responsabilizados. É vital a colaboração de instituições governamentais, ONGs, profissionais de saúde, educadores, familiares e toda a sociedade. Somente com esforços conjuntos podemos criar um ambiente mais seguro para as futuras gerações.
Neste Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças, renovemos nosso compromisso em proteger os direitos das crianças e adolescentes, promovendo uma cultura de respeito, empatia e solidariedade. Juntos, podemos fazer a diferença e construir um futuro mais justo e digno. Denúncias podem ser feitas pelos números 197 ou 100.
Fonte: BaixadaCuiabana
