O DJ Patricke Noro de Castro teve a prisão decretada pela Justiça Federal de Campinas (SP) nesta quinta-feira (01), em Cuiabá, sob acusação de participar do esquema de contrabando e fraude em crédito de mercúrio para abastecimento de garimpo. O esquema foi descoberto pela Operação Hermes deflagrada pela Polícia Federal em 7 estados do país.
Conforme informações recebidas pelo MidiaJur, o DJ Patrike Noro não teve a prisão cumprida na deflagração da operação pela Polícia Federal. Ele teria viajado para São Paulo nesta quarta (1º). O alvo soube da decisão judicial de prisão e afirmou que vai se apresentar a sede da PF.
Patrike foi preso em 2019 sob acusação de tráfico de drogas. Ele foi solto em seguida, quando a Justiça determinou a adoção de tornozeleira eletrônica no acusado.
De acordo com as investigações, Patricke seria um dos empregados cadastrados da empresa J.S. Torres. A J.S. Torres comprou falsos créditos de mercúrio de uma empresa de reciclagem de mercúrio de lâmpadas para poder justificar o mercúrio comercializado ilegalmente.
Segundo a PF, a J.S. Torres é uma empresa de fachada operada pelo Grupo Veggi, que revendia o mercúrio contrabandeado para mineradores de Mato Grosso e outros estados. Entre os empresários que supostamente adquiriram esses produtos está Valdinei Mauro de Souza.
DJ e vendedor
Conforme a representação da PF, a J.S. TORRES possui dois “empregados cadastrados”. Além de Patrike Noro de Castro, André Ponciano Luiz também consta como servidor da empresa.
Patrike é um dos dois únicos empregados registrados na J.S. Torres e faz constar expressamente na rede social Instagram que trabalha com “IMPORTAÇÃO HG”. Patrike, no entanto, não possui autorização legal para importação de mercúrio.
A PF também constatou movimentações atípicas nas contas de Patrilke Noro. Ele teria recebido entre 01/10/2021 e 14/12/2021, R$ 455.712,69, dos quais R$ 123.450,00 oriundos de transações com R2 TRANSPORTES E TERRAPLANAGEM EIRELI, registrando, ainda, saídas de suascontas o montante de R$ 117.700,00 para ARNOLDO VEGGI; R$ 7.500,00 para HIPOSAL COMÉRCIO DE PRODUTOS QUÍMICOS E TRATAMENTO, empresa que também é ligada ao GRUPO VEGGI e que tem como responsável legal Alberto Veggi Atala.