Dólar atinge maior valor desde março e bolsa cai ao menor patamar em quatro meses

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dólar

O cenário financeiro brasileiro foi marcado por instabilidades e apreensões nesta quinta-feira (5). O dólar americano chegou próximo a R$ 5,17, encerrando o dia a R$ 5,169, uma elevação de R$ 0,016 ou 0,31%. Essa cotação representa o maior valor da moeda americana desde 27 de março. Embora tenha registrado alta nos primeiros dias úteis de outubro (2,82%), o dólar mostra uma queda acumulada de 2,1% ao longo de 2023.

Enquanto isso, o mercado de ações também sentiu o impacto, com o Ibovespa, índice principal da B3, recuando 0,28% e encerrando a sessão aos 113.285 pontos. Esta marca aponta para o menor nível desde 5 de junho.

Principais pontos de destaque:

  1. Mercado internacional: A moeda americana mostrou a mais longa sequência de valorizações no cenário global em quase uma década. A expectativa para a divulgação dos números de emprego nos Estados Unidos, programada para sexta-feira (6), está influenciando essa movimentação. Uma criação de empregos acima do esperado nos EUA pode pressionar o Federal Reserve (Fed) a elevar os juros novamente antes do final de 2023.
  2. Juros e Títulos: As taxas de longo prazo dos títulos do Tesouro dos EUA alcançaram níveis não vistos desde 2007. Juros mais elevados em economias avançadas podem levar à saída de capital de mercados emergentes, como o Brasil.
  3. Mercado interno e commodities: No Brasil, a valorização de commodities como o petróleo, combinada com a recente alta do dólar, desafia o Banco Central brasileiro quanto à continuidade da redução da taxa Selic até o final do ano. A inflação do dólar já influencia os preços no mercado de atacado.

O cenário global e interno continua a gerar desafios para a economia brasileira, à medida que os mercados reagem às expectativas econômicas, tanto em âmbito nacional quanto internacional.

Peter Paulo

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