A análise do celular do prefeito Emanuel Pinheiro, realizada durante a Operação Capistrum, trouxe à tona conversas que indicam seu envolvimento em solicitações de transferências bancárias a terceiros, revelando sua suposta participação em esquemas de desvio de recursos públicos.
Segundo informações do Ministério Público Estadual (MPE), os dados extraídos do celular do prefeito evidenciam sua atuação como líder de uma organização criminosa, especialmente em interações com o então secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, e com Hércules Castilho, coordenador técnico de Farmácia na Secretaria Municipal de Saúde.
Em uma das conversas com Célio, datada de 16 de julho de 2021, Emanuel forneceu os dados da pessoa jurídica Comissão Provisória Municipal de Várzea Grande do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), juntamente com informações bancárias. Posteriormente, Célio enviou comprovantes de transferências bancárias, indicando que Emanuel utilizava empresas privadas de Célio para atender seus próprios interesses financeiros.
O MPE aponta que as transferências envolveram um indivíduo identificado como Leilson, vinculado à Cervejaria Cuyabana, operada por Célio, configurando um suposto uso de “laranjas” para desvio de recursos públicos em benefício pessoal do prefeito.
Além de Emanuel, outros três indivíduos foram alvos da investigação: o assessor-executivo de Governo Gilmar de Souza Cardoso, o ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues da Silva e o ex-adjunto de Saúde Milton Corrêa da Costa. Eles são acusados de integrar uma organização criminosa voltada para o desvio de verbas da Saúde da Capital.
As operações Sangria, Curare e Overpriced, realizadas ao longo da gestão de Emanuel, foram citadas como exemplos das práticas investigadas, evidenciando padrões de conduta e sustentação política e econômica que fundamentam a atuação da organização criminosa.
Fonte: MidiaNews
