Trinta pacientes das cidades de Epitaciolândia e Xapuri, no interior do Acre, foram levados em canoas até Brasiléia para continuar seus tratamentos de hemodiálise. A cidade está isolada devido à interdição da ponte principal após as enchentes na região. A transferência ocorreu nesta segunda-feira (26), garantindo que os pacientes não tivessem seus tratamentos interrompidos.
A situação é resultado direto da elevação do Rio Acre na região. A Ponte Metálica José Augusto, que conecta Brasiléia e Assis Brasil ao restante do estado, foi interditada devido ao alto nível do rio, deixando as cidades isoladas.
A Clínica do Rim de Brasiléia é a unidade de referência para os quatro municípios da região do Alto Acre. Segundo Pablo Araújo, coordenador da Regional de Saúde do Alto Acre, enviar os pacientes para a capital não era viável devido ao risco de superlotação nos hospitais de Rio Branco.
O aposentado Milton da Silva Machado, um dos pacientes transferidos, expressou sua preocupação com a situação difícil. Ele ressaltou que muitas pessoas têm dificuldades para se locomover, tornando a situação ainda mais desafiadora.
Enquanto isso, em Brasiléia, a prefeitura declarou situação de emergência devido à gravidade da situação. Mais de 11 mil pessoas estão fora de suas casas, com nove bairros alagados e pontos de isolamento na zona rural. A Defesa Civil Nacional e o Governo Federal reconheceram a emergência no município, fornecendo apoio para lidar com as consequências das enchentes.
O fechamento da Ponte Metálica José Augusto afeta não apenas Brasiléia, mas também o acesso ao município de Assis Brasil e a fronteira com o Peru, impactando o fornecimento de mercadorias, suprimentos médicos e combustível para a região.
Fonte: G1