Especialistas alertam para o risco de inundações em Cuiabá, devido à persistência de fortes chuvas e ao histórico de eventos similares na região. O geólogo Caiubi Kuhn ressalta que embora seja improvável que toda a capital seja inundada, áreas próximas aos rios apresentam vulnerabilidade, especialmente as que já foram afetadas em eventos anteriores, como a enchente de 1974.
O geólogo ainda destaca que a barragem da Usina Hidrelétrica de Manso, em Chapada dos Guimarães, poderia ajudar a minimizar os impactos de uma possível inundação nos dias atuais.
Por sua vez, o arquiteto urbanista Enodes Soares menciona os investimentos realizados após a enchente de 1974, como a construção da Avenida Beira Rio em uma elevação mais alta, como medida preventiva. No entanto, enfatiza a necessidade de planos de drenagem municipal em Cuiabá e Várzea Grande para lidar com as cheias do rio Cuiabá.
Um levantamento realizado pela Casa Civil do Governo Federal em 2023 identificou que Cuiabá e Várzea Grande estão entre as cidades mais suscetíveis a desastres ocasionados por chuvas em Mato Grosso. Essa análise considerou diversos critérios, incluindo o histórico de mortes relacionadas a desastres e ocorrências de chuvas intensas.
O Rio Cuiabá atingiu seu nível máximo em 18 de março de 1974, resultando na maior enchente já registrada na capital mato-grossense. O evento afetou milhares de pessoas, levando à desapropriação de diversos bairros ribeirinhos.
Atualmente, as autoridades alertam para os impactos dos temporais que assolam o estado do Rio Grande do Sul, deixando milhares de pessoas desabrigadas e afetando centenas de municípios. A situação de calamidade persiste e requer ações imediatas de assistência e proteção à população atingida.
