A expedição da equipe Clima e Mercado da Aprosoja-MT, cobrindo 8 mil quilômetros e 30 municípios, revelou um cenário desolador na produção de soja em Mato Grosso, agravado pela estiagem e calor excessivo. As primeiras áreas de plantio em Cuiabá, após a Chapada dos Guimarães, mostraram uma lavoura com germinação tardia e solo seco. Evandro Carmo Thiesen, gerente de relacionamento, notou o impacto da seca logo no início da expedição.
Franklin Vaz e Fernando Ferri, membros da equipe, destacaram o clima extremamente seco e irregularidade nas chuvas, mesmo em áreas historicamente úmidas. Muitas plantações estão em estágios críticos, com altura e desenvolvimento abaixo do esperado, resultando em queda significativa no potencial produtivo.
Além dos problemas na lavoura, as consequências econômicas são sérias. A redução da produção afetará a economia do estado e, consequentemente, a balança comercial do Brasil. Alexandre Volpato Gasparello, produtor local, relatou uma queda na produção e lucratividade em sua propriedade.
Em regiões como Pedra Preta e Rondonópolis, a situação é ainda mais crítica, com plantações próximas da perda total e replantio necessário. Everton Mann Appelt, da Fazenda Guarita, mencionou estratégias de cobertura e palhada para minimizar perdas futuras, mas destacou a ameaça da ferrugem devido ao plantio tardio.
Esses relatos evidenciam um ano desafiador para a agricultura de Mato Grosso, marcado por condições climáticas adversas que impactam diretamente a produção agrícola e a economia do estado.
Peterson Prestes