MidiaNews
A deputada federal Rosa Neide (PT), única candidata em Mato Grosso a receber mais de 100 mil votos na disputa pela Câmara Federal, afirmou estar decepcionada por não conseguir se reeleger.
A petista teve mais de 124,6 mil votos, mas por conta da contagem de votos do sistema proporcional não conseguiu se reeleger (entenda abaixo).
Ao MidiaNews, a parlamentar disse que apesar da derrota, está feliz pelo reconhecimento dos mato-grossenses, já que duplicou a quantidade de votos que recebeu em 2018, quando teve 51 mil votos.
“Estou feliz pelo reconhecimento do trabalho, mas decepcionada pela não continuidade do mandato. São as regras do jogo, sigamos em frente”, disse.
O principal fator pela não reeleição foi o desempenho fraco de outros nomes da chapa petista. Ao todo, nove pessoas filiadas aos partidos da Federação Brasil de Esperança (PT, PV e PCdoB) disputaram.
Para se ter uma ideia, o segundo mais votado da chapa foi o ex-juiz federal Julier Sebastião (PT), que teve 7.726 votos.
“É uma federação e cada partido indicou os seus nomes. Faltaram nomes com mais estatura, infelizmente. São as regras”, explicou.
Agora, Rosa Neide irá concluir o seu trabalho como congressista e afirmou que, de imediato, trabalha para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito presidente da República no segundo turno.
No ano que vem, a ideia é focar em projetos sociais e ambientais.
“Já estamos trabalhando para fortalecer o Lula. Sou aposentada e farei projetos, sem fins lucrativos, sociais e ambientais. É o que gosto de fazer”, afirmou.
Estou feliz pelo reconhecimento do trabalho, mas decepcionada pela não continuidade do mandato
Por que Rosa Neide não se reelegeu?
O sistema para se eleger à Câmara Federal é chamado de proporcional. Assim, os votos das urnas são computados para cada partido ou federação e, apenas em uma segunda etapa, a contagem vai para cada candidato da sigla.
Desta forma, primeiro é necessário saber quais foram os partidos políticos mais votados e depois, dentro dessas siglas, os nomes dos candidatos eleitos.
A federação – a qual Rosa Neide integra – não conseguiu o mínimo do quociente eleitoral deste ano, que foi de 216 mil votos. Deste modo, não teve condições de fazer nenhuma cadeira na Câmara Federal.