O governador Mauro Mendes (União) cobrou o Ministério Público e o Tribunal de Contas para que identifiquem e punam o responsável por “roubar” dinheiro da Saúde de Cuiabá.
“Eu espero que o Ministério Público e o Tribunal de Contas façam seus papéis e coloquem quem roubou dinheiro da saúde e de outros lugares na cadeia. Pessoas morreram, pessoas padeceram e agora temos a difícil missão de tentar começar a consertar isso”, afirmou em entrevista, nesta segunda-feira (20).
Após ser decretada a intervenção na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o Governo do Estado ficou responsável por administrar a Pasta.
Além de cobrar os órgãos, Mendes também despejou críticas à gestão da Capital por, segundo ele, praticar “vagabundagem” e “roubalheira” com os recursos que deveriam ser destinados à Saúde pública.
O governador ainda culpou a “roubalheira” na Saúde pelo caos instaurado na secretaria, que já foi alvo de 13 operações policiais e teve secretários presos, exonerados e afastados ao longo do mandato do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Mendes também disse estar “feliz” com a investigação do Ministério Público Federal, que decidiu acompanhar a intervenção do Estado e a atuação da interventora, Danielle Carmona. Ele ainda acusou a secretaria do Município de roubar recursos federais.
“E já digo a eles: teve muito dinheiro federal, do Teto MAC (Média e Alta Complexidade) roubado da Saúde de Cuiabá. Pode investigar à vontade, que esse caos na Saúde, boa parte, foi pela roubalheira que fizeram com a Saúde de Cuiabá”, afirmou.
Nomeação de servidora
O Estado nomeou Carmona como interventora no último dia 14 de março. Ela é enfermeira e servidora do Município de Cuiabá há 10 anos e já coordenou setores da Saúde da Capital e foi secretária executiva da Secretaria de Estado de Saúde no período de 2019 a 2021.
De acordo com Mendes, Carmona foi escolhida justamente por já ter familiaridade com a Pasta e já ter atuado no Executivo do Estado. Ele explicou que a interventora aborda uma vertente diferente do ex-interventor, Hugo Lima, que atuava de forma mais “jurídica”.
Sobre a atuação da interventora, o governador afirmou que ela não fará “milagres” e destacou que haverá muito trabalho para fazer na Saúde de Cuiabá.
“Iniciamos o trabalho na semana passada. A saúde estava um verdadeiro caos, aliás, ainda está, porque não existe milagre. Vai algum tempo para reorganizar a bagunça que vem de tantos anos”, concluiu.
Midia News