Ex-mulher diz que alvo guardava caixas de remédios em casa

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Em depoimento à Polícia Civil, a ex-mulher do ex-superintendente de Saúde de Várzea Grande, Oswaldo Prado Rocha, afirmou que ele armazenava caixas de medicamentos sobre uma mesa que ficava na área do fundo da casa onde moravam.

Oswaldo é acusado de desviar remédios da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Ipase para repassar ao  empresário Fernando Metelo Gomes de Almeida, dono da Disnorma Comercio Atacadista de Medicamentos Ltda., em troca de vantagem indevida.

Os dois foram alvos da Operação Fenestra, deflagrada pela Polícia Civil, nesta segunda-feira (22).

“Que tem conhecimento que Oswaldo armazenava e/ou guardava medicamentos na residência do casal, pois, com frequência no ano de 2021 visualizou caixas de medicamentos na residência sobre a mesa da área do fundo; 2. Informou que em certa ocasião, ao chegar do trabalho, presenciou o motorista Benedito [Santana da Silva] , vulgo Dada , descarregando algumas caixas de medicamento na residência do casal”, diz trecho do depoimento de Janaina Silva Lopes Barros.

Benedito era motorista da Secretaria de Saúde de Várzea Grande e foi afastado do cargo durante a operação.

A mãe de Janaina e ex-sogra de Oswaldo, Rosa Maria Silva Lopes, disse que em uma semana que ficou hospedada na casa do casal, também presenciou a chegada e a retirada de medicamentos no local.

“Que em uma semana que ficou na casa de Oswaldo e sua filha, presenciou o vulgo Dada chegar em pelos menos duas oportunidades na casa com um carro oficial da prefeitura e descarregar algumas caixas contendo produtos hospitalares, tais como luvas e testes de Covid, e que posteriormente a declarante viu Oswaldo, colocando no carro os referidos materiais e saindo, não sabendo que destino dava aos produtos”, afirmou. Veja:

 

 

De acordo com a Polícia Civil, a investigação aponta que os remédios e itens hospitalares desviados eram transportados, inclusive, em carro oficial e armazenados por Benedito e Oswaldo na residência de ambos.

“Conforme relatos testemunhais foi verificado descarregamento de medicamentos por Dadá na residência de Oswaldo e, posteriormente, eram repassados ao receptador identificado como Fernando”, diz trecho da investigação.

Operação Fenestra

Segundo a Polícia Civil, os medicamentos eram furtados da unidade de saúde e entregues ao dono da Distribuidora Disnorma.

Em posse dos medicamentos, Fernando Metelo utilizava-se de “laranjas” para pagar vantagem indevida a agentes públicos, por intermédio de transferências bancárias e compra de veículo, visando a ocultação ilícita dos bens e valores, aponta investigações.

No total, a operação cumpriu 22  medidas judiciais, sendo quatro mandados de prisões preventiva, oito de busca e apreensão domiciliar, quatro mandados de suspensão do exercício de função pública de agentes públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, além de mandado de sequestro de veículo pertencente ao superintendente de Saúde do município.

Também foram determinadas quatro medidas cautelares a investigados que responderão em liberdade, como a proibição de frequentarem qualquer unidade de saúde, hospital ou pronto socorro público de Várzea Grande, exceto como pacientes.

Foram alvos dos mandados de prisão Oswaldo, Fernando Metello e os farmacêuticos Jackson Alves Lopes Souza e Ednaldo Jesus da Silva. Eles, no entanto, já foram soltos.

Midia News

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