O Exército Brasileiro confirmou, nesta quinta-feira (26), a prisão administrativa de 17 militares relacionados ao recente furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, localizado em Barueri. De acordo com informações fornecidas pelo Comando Militar do Sudeste, esses indivíduos estão enfrentando punições disciplinares devido a falhas e erros nos protocolos de fiscalização e controle do armamento.
O desaparecimento das armas, incluindo 13 metralhadoras de calibre .50 e oito de calibre 7,62, foi percebido em 10 de outubro durante uma inspeção de rotina. O incidente desencadeou uma investigação extensa e medidas severas dentro da instituição militar, incluindo o aquartelamento de centenas de militares da unidade.
O caso ganhou uma dimensão ainda maior com a recuperação de parte do arsenal. A polícia do Rio de Janeiro localizou oito das armas no bairro Gardênia Azul, enquanto a Polícia Civil de São Paulo encontrou outras nove. No total, 17 das 21 metralhadoras roubadas foram recuperadas.
Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, expressou em entrevista no domingo (22) a postura intransigente do Exército frente ao episódio. Ele afirmou que todos os envolvidos, por ação ou negligência, estão sujeitos a julgamento administrativo e possíveis detenções.
Os crimes sob investigação para aqueles suspeitos de envolvimento direto no furto incluem peculato, receptação e desaparecimento, consunção ou extravio de armamento, conforme estipulado no Código Penal Militar. As repercussões para os considerados omissos ou negligentes também são significativas, variando desde advertências até prisão disciplinar, podendo alcançar até 30 dias.
O incidente ressalta a necessidade crítica de segurança reforçada e protocolos rigorosos em instalações militares, dadas as possíveis ramificações de tais armamentos chegando às mãos erradas. Enquanto a investigação continua, o caso serve como um alerta severo, possivelmente levando a revisões de procedimentos e políticas de segurança dentro das forças armadas.
Peter Paulo